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Religião, Política e Fado
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Religião, Política e Fado
Todas as religiões têm o seu fundamento na ideia que nascemos de Deus e que a ele voltaremos. Seja no céu, num “firdous” repleto ou não de virgens e até mesmo perceptível na ideia das contínuas reencarnações presente no hinduísmo e budismo, que nos remetem para um caminho de melhoramento constante. Cá na terra, fazemos um caminho, que nos unirá ou nos afastará da sua graça e vontade, consoante agirmos a favor ou contra os seus ensinamentos.
Todas têm também o seu “acharit hayamim”, o fim dos dias, onde todos seremos julgados pelos nossos actos. Onde todas as religiões convergem também é que há sempre alguém que as interpreta nos ensinamentos escritos conforme lhe dá mais jeito e para justificar qualquer fim menos celestial. Qualquer livro sagrado, de qualquer religião, foi escrito num espírito de paz, de comunhão entre os homens, de melhoramento constante, de procuras pessoais e de altruísmos desobrigados. Todas nos mostram um caminho em direcção à harmonia e ao equilíbrio. Usar os seus escritos em sentido contrário é ir contra o seu próprio Deus e os seus princípios. Se quiséssemos, aposto que poderíamos transformar a “bela adormecida” num livro fundamentalista de esquerda e de luta contra a opressão das classes mais desfavorecidas e vulneráveis.
Poderíamos usar “As Aventuras de Huckleberry Finn” como um manual de anarquismo. O “patinho feio” como uma manual de coaching do tipo “arrisca-te a viver” do Gustavo Santos. O “João e o pé de feijão” numa história de direita liberal de luta com gigantes pelo aumento e detenção do capital.
Não interessa a mensagem por si. Não basta idolatrar as palavras do autor. Não mais que o espírito em que elas foram escritas. Não nos podemos conformar em votar em siglas e em cores que nos “esborracham” slogans curtos e eficazes na cara. Vamos todos ver mais além das cores, das siglas, dos nomes e das palavras. Vamos pedir que tenham espírito e que cumpram o tal desígnio de mais melhoria e de mais harmonia, porque senão, estaremos apenas a cumprir uma eterna penitência e não há peregrinação a lugar nenhum que nos safe.
Falta o Fado. E ai que fado. Só podia mesmo ter nascido cá. (mesmo admitindo as tais raízes muçulmanas).
Nuno Drummond
Diário de Notícias da Madeira
Quinta, 24 de Setembro de 2015
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