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O negócio das pessoas felizes
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O negócio das pessoas felizes
Catarina Beato e o marido.
Fotografia: VITORINO CORAGEM
As redes sociais são ilusões? Claro que sim. Tudo aquilo que mostra, apenas uma parte da realidade, é uma ilusão.
Queixavam-se duas senhoras que seguem a minha conta de Instagram que estavam enjoadas de me ver feliz. Eu, que acima de tudo e qualquer coisa, agradeço a honestidade das pessoas, recordei-lhes que, por acaso, não sou sempre feliz mas as fotos em que fico melhor são aquelas em que estou, de facto, feliz.
Também a mim me “enjoam” as contas de Instagram de mulheres que são sempre bonitas, com roupa que conjuga e sem vincos, de delícias culinárias que saem sempre perfeitas, de famílias com filhos sempre sorridentes, mas são essas que vejo.
Existirão exceções, contas de Instagram com fotos de reportagens e hiper realistas, com imagens de pobreza, acidentes e cenários de guerra. Até as fotografias que são sinónimo de sofrimento serão boas imagens. Mas, no dia a dia, ninguém para para fotografar uma discussão, o momento em que está encostada num canto da casa a chorar, o écran do computador com contas em que o orçamento familiar parece não esticar, ou o bolsado dos filhos (pronto, também existirá quem registe tudo isto, mas alguém quererá ver?).
Para as pessoas normais uma rede social de imagens é feita de momentos que gostamos. Eu, por acaso, gosto bastante do homem com quem casei e ponho fotografias em que estou com ele e feliz. E cada pessoa pode seguir e apreciar imagens que lhe agradam (fará sentindo ver imagens que enjoam?).
E mais um pormenor, um blog, uma conta de Facebook, de Instagram ou do Twitter, por muito que se foque em assuntos altruístas, é sempre um exercício egocêntrico. É um diário, uma assinatura, a voz da pessoa que assina.
As redes sociais são ilusões? Claro que sim. Tudo aquilo que mostra, apenas uma parte da realidade, é uma ilusão. É para isso que inventaram os filtros e a edição simples de imagens (até no Facebook já existe essa opção), para que possamos escolher as cores com que ficamos melhor. É exatamente esse o negócio.
Escritora e autora do blog Dias de Uma Princesa
Catarina Beato
23.11.2015 / 11:40
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