Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 121 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 121 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Jornalistas
Página 1 de 1
Jornalistas
Fizeram sucesso nas redes sociais, pelo menos entre jornalistas, as palavras ditas por Fábio Monteiro ao receber, esta semana, o prémio Gazeta Revelação deste ano.
Digo-o sem ironia: foi sem dúvida um interessante discurso sobre as nuvens negras que sobrevoam o futuro da nossa profissão.
Fábio Monteiro diz que hoje a "utopia do grande jornalismo (..) foi deixada para os idealistas", que são questionados "por aqueles que se adaptam".
E acrescenta que "os que dizem não, os que estão aqui presentes, esses são os jornalistas". Acontece que o jornalismo de antes não nascia numa montanha de onde desciam profetas ungidos por Deus, que a tudo resistiam para guiar os ignorantes e para lhes mostrar a verdade, e a quem, por direito próprio, a sociedade devia entregar a tarefa de vigiar os poderes.
O jornalismo, antes como agora, era feito por homens e mulheres vulneráveis e era tão frágil quanto eles. A diferença é que agora não temos a proteção do modelo de negócio que tudo permitiu.
E isso faz toda a diferença. É trágica, a nossa profissão: corremos o risco de ter de narrar com minúcia a nossa própria morte. Mas ainda assim prefiro tentar influenciar para melhor a mudança, do que a impossível utopia de a querer impedir.
*JORNALISTA
19.12.2015
MIGUEL CONDE COUTINHO
Jornal de Notícias
Digo-o sem ironia: foi sem dúvida um interessante discurso sobre as nuvens negras que sobrevoam o futuro da nossa profissão.
Fábio Monteiro diz que hoje a "utopia do grande jornalismo (..) foi deixada para os idealistas", que são questionados "por aqueles que se adaptam".
E acrescenta que "os que dizem não, os que estão aqui presentes, esses são os jornalistas". Acontece que o jornalismo de antes não nascia numa montanha de onde desciam profetas ungidos por Deus, que a tudo resistiam para guiar os ignorantes e para lhes mostrar a verdade, e a quem, por direito próprio, a sociedade devia entregar a tarefa de vigiar os poderes.
O jornalismo, antes como agora, era feito por homens e mulheres vulneráveis e era tão frágil quanto eles. A diferença é que agora não temos a proteção do modelo de negócio que tudo permitiu.
E isso faz toda a diferença. É trágica, a nossa profissão: corremos o risco de ter de narrar com minúcia a nossa própria morte. Mas ainda assim prefiro tentar influenciar para melhor a mudança, do que a impossível utopia de a querer impedir.
*JORNALISTA
19.12.2015
MIGUEL CONDE COUTINHO
Jornal de Notícias
Tópicos semelhantes
» A cegueira dos jornalistas
» Carta aos jornalistas de economia
» Crianças imoladas e jornalistas de mentira
» Carta aos jornalistas de economia
» Crianças imoladas e jornalistas de mentira
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin