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Governar com todos
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Governar com todos
No seu discurso de Natal, António Costa explicitou os seus objetivos e o seu método. Manter a "trajetória da redução do défice orçamental e da dívida pública", mas rompendo o triângulo imposto por Bruxelas/Berlim, e aceite incondicionalmente pela anterior coligação de direita: "Austeridade/desigualdade/empobrecimento".
O caso do BANIF veio confirmar a austeridade como um cruel absurdo, que agrava uma doença cujo diagnóstico está errado (ataca a despesa pública, quando a raiz do mal reside num sistema financeiro e numa união monetária desenhadas por arquitetos incompetentes). A receita de Costa é um triângulo virtuoso: "crescimento/emprego/igualdade". Essa mudança implicará o reinventar das apostas identitárias da III República, que em 2016 se evocam em datas redondas: 40 anos de Constituição democrática; 30 anos de integração europeia; 20 anos de CPLP. Que assinalam, como diria Pessoa, o último e fundamental império da universalidade da língua portuguesa. E o método? No seu melhor, a democracia representativa consegue ser um governo para todos.
Não só porque os cidadãos se dividem entre eleitores e eleitos, como, através dos partidos, nem todos os eleitos governam. A fórmula metodológica de Costa insiste na tríade: "transparência/diálogo/compromisso".
Nas suas primeiras semanas no ativo, o governo de Costa veio da esquerda para o centro, partindo daí em expedições legislativas, oscilando em todas as direções. Será possível prolongar numa legislatura esta espécie de governo com todos? O que é inegável é este PM falar como John Rawls (1921-2002) e decidir como Donoso Cortés (1809-1853).
Exalta o maior "consenso por sobreposição" possível, mas recusa transformar o parlamento num lugar de discussão inconsequente. O tempo dirá se esta insólita combinação poderá ser sustentável.
26 DE DEZEMBRO DE 2015
00:00
Viriato Soromenho Marques
Diário de Notícias
O caso do BANIF veio confirmar a austeridade como um cruel absurdo, que agrava uma doença cujo diagnóstico está errado (ataca a despesa pública, quando a raiz do mal reside num sistema financeiro e numa união monetária desenhadas por arquitetos incompetentes). A receita de Costa é um triângulo virtuoso: "crescimento/emprego/igualdade". Essa mudança implicará o reinventar das apostas identitárias da III República, que em 2016 se evocam em datas redondas: 40 anos de Constituição democrática; 30 anos de integração europeia; 20 anos de CPLP. Que assinalam, como diria Pessoa, o último e fundamental império da universalidade da língua portuguesa. E o método? No seu melhor, a democracia representativa consegue ser um governo para todos.
Não só porque os cidadãos se dividem entre eleitores e eleitos, como, através dos partidos, nem todos os eleitos governam. A fórmula metodológica de Costa insiste na tríade: "transparência/diálogo/compromisso".
Nas suas primeiras semanas no ativo, o governo de Costa veio da esquerda para o centro, partindo daí em expedições legislativas, oscilando em todas as direções. Será possível prolongar numa legislatura esta espécie de governo com todos? O que é inegável é este PM falar como John Rawls (1921-2002) e decidir como Donoso Cortés (1809-1853).
Exalta o maior "consenso por sobreposição" possível, mas recusa transformar o parlamento num lugar de discussão inconsequente. O tempo dirá se esta insólita combinação poderá ser sustentável.
26 DE DEZEMBRO DE 2015
00:00
Viriato Soromenho Marques
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