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Mais impostos, outra vez!
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Mais impostos, outra vez!
António Costa sempre disse que, além dos cortes salariais e do aumento de impostos, “há uma terceira via, que é aumentar a riqueza”.
Chegado ao poder, abandonou a cartilha que recitava e é vê-lo a aumentar impostos sobre a banca, automóveis e combustíveis, para já não falar do imposto do selo e do imposto sucessório. Os alvos primordiais são a banca – que está muito fragilizada –, os cidadãos, mas também as empresas, as tais de quem depende o investimento e o aumento da riqueza e do emprego. E, dificilmente, o Governo de Costa vai ficar por aqui.
Razão tinha Daniel Bessa, ex-ministro da Economia de um governo socialista, quando disse, no início de Novembro, em entrevista à Renascença, que “o cenário macroeconómico que sustenta as posições orçamentais do PS está muito salgado”. O economista e director-geral da Cotec Portugal, referiu que o Governo PSD/CDS, com as medidas que tinha, já “teria imensa dificuldade em cumprir o seu programa” e lembrou que a incorporação das propostas do Bloco de Esquerda e do PCP no programa de Governo do PS tornava tudo ainda mais difícil, porque reduzia as receitas e aumentava as despesas. Razões pelas quais antevia “aumentos de impostos”.
Depois de o país ter entrado em bancarrota e pedido ajuda externa, os portugueses aceitaram a austeridade como um mal necessário para recuperar a economia. O Governo PSD/CDS levou a cabo um “enorme aumento de impostos”, cortou salários, aumentou horários de trabalho e privou os portugueses de uma série de regalias. O actual primeiro-ministro, no discurso de posse, falou de um “tempo novo” e disse que era necessário “enfrentar os bloqueios estruturais à competitividade, que tanto têm dificultado a adaptação da economia nacional ao novo quadro resultante da globalização, do alargamento da UE e da participação no euro”, que já esqueceu.
Este Governo, segundo o Financial Times, “chocou de frente” com os investidores internacionais por causa das obrigações seniores do Novo Banco e está agora a chocar com a Comissão Europeia por causa do Orçamento do Estado. Pelo meio, resolveu o Banif com apoios estatais desproporcionados para um banco daquela dimensão. Estes são bloqueios efectivos a nível externo, além de poderem reflectir-se nas notações de ‘rating’ das agências internacionais. Mas também no plano interno, onde o Governo quer cumprir a devolução faseada dos cortes nos salários da Função Pública e o regresso à semana de 35 horas, bem como a restituição de uma parte da sobretaxa do IRS, vai agora aumentar o imposto sobre os combustíveis. Um imposto que irá reflectir-se no custo da gasolina e do gasóleo, mas também nos preços finais dos produtos, porque as empresas terão de reflectir esse aumento de despesa. E a questão final continua a ser: vamos pagar mais impostos, outra vez. Será que chega?
00:06 h
Francisco Ferreira da Silva
Económico
Chegado ao poder, abandonou a cartilha que recitava e é vê-lo a aumentar impostos sobre a banca, automóveis e combustíveis, para já não falar do imposto do selo e do imposto sucessório. Os alvos primordiais são a banca – que está muito fragilizada –, os cidadãos, mas também as empresas, as tais de quem depende o investimento e o aumento da riqueza e do emprego. E, dificilmente, o Governo de Costa vai ficar por aqui.
Razão tinha Daniel Bessa, ex-ministro da Economia de um governo socialista, quando disse, no início de Novembro, em entrevista à Renascença, que “o cenário macroeconómico que sustenta as posições orçamentais do PS está muito salgado”. O economista e director-geral da Cotec Portugal, referiu que o Governo PSD/CDS, com as medidas que tinha, já “teria imensa dificuldade em cumprir o seu programa” e lembrou que a incorporação das propostas do Bloco de Esquerda e do PCP no programa de Governo do PS tornava tudo ainda mais difícil, porque reduzia as receitas e aumentava as despesas. Razões pelas quais antevia “aumentos de impostos”.
Depois de o país ter entrado em bancarrota e pedido ajuda externa, os portugueses aceitaram a austeridade como um mal necessário para recuperar a economia. O Governo PSD/CDS levou a cabo um “enorme aumento de impostos”, cortou salários, aumentou horários de trabalho e privou os portugueses de uma série de regalias. O actual primeiro-ministro, no discurso de posse, falou de um “tempo novo” e disse que era necessário “enfrentar os bloqueios estruturais à competitividade, que tanto têm dificultado a adaptação da economia nacional ao novo quadro resultante da globalização, do alargamento da UE e da participação no euro”, que já esqueceu.
Este Governo, segundo o Financial Times, “chocou de frente” com os investidores internacionais por causa das obrigações seniores do Novo Banco e está agora a chocar com a Comissão Europeia por causa do Orçamento do Estado. Pelo meio, resolveu o Banif com apoios estatais desproporcionados para um banco daquela dimensão. Estes são bloqueios efectivos a nível externo, além de poderem reflectir-se nas notações de ‘rating’ das agências internacionais. Mas também no plano interno, onde o Governo quer cumprir a devolução faseada dos cortes nos salários da Função Pública e o regresso à semana de 35 horas, bem como a restituição de uma parte da sobretaxa do IRS, vai agora aumentar o imposto sobre os combustíveis. Um imposto que irá reflectir-se no custo da gasolina e do gasóleo, mas também nos preços finais dos produtos, porque as empresas terão de reflectir esse aumento de despesa. E a questão final continua a ser: vamos pagar mais impostos, outra vez. Será que chega?
00:06 h
Francisco Ferreira da Silva
Económico
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