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O regresso à via original para o socialismo
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O regresso à via original para o socialismo
Por vezes existe a tentação de comparar o Governo de António Costa com os últimos governos socialistas de José Sócrates. Fora algumas personagens em comum, a começar pelo próprio Costa, julgo que a comparação substancial deve ser feita com os dois primeiros governos de Mário Soares. Quer porque Costa gere o PS como Soares o geria nos anos 70 do século passado - no sentido sublinhado por Medeiros Ferreira na renúncia ao mandato de deputado, em 2 de Outubro de 1978, substituindo-se Mário Soares por António Costa em 2016: "o Partido Socialista é cada vez mais e apenas o partido de António Costa" -, quer porque a proposta de Orçamento do Estado do Governo minoritário em funções pressupõe dois dos pilares do "pensamento mágico" daqueles governos. Por um lado, "o dinheiro aparece sempre" e "para os amigos, tudo; para os inimigos, nada; e para outros cumpra-se a lei", por outro. Soares esperou cinco anos na oposição para perceber que não era bem assim. Costa, pelo contrário, contornou os resultados eleitorais e fez um pacto com as esquerdas para garantir o lugar de primeiro-ministro com o qual precisa apresentar-se ao congresso do seu partido. Mesmo que isso custe ao país o agravamento das tensões entre o "público", o "privado" e as várias "famílias" pelas vias salarial e fiscal, retraimento do consumo graças ao aumento de impostos sobre o dito, instabilidade do sistema financeiro, já de si débil, pela mesma via e menos crescimento. Para mais a TAP regressou a função do Estado através de uma nova PPP (que dá à rapaziada amiga sete lugares na administração) para satisfazer a ridícula "bandeirinha" reclamada pelo cineasta Vasconcelos e pelos seus parceiros do corso esquerdista. Estávamos melhor a duodécimos do orçamento do Governo da coligação - calibrado pelas medidas aprovadas no final de 2015 quanto à manutenção moderada de algumas relativas à consolidação estrutural das finanças públicas - do que iremos estar quando este Orçamento entrar em vigor para ser amplamente rectificado. Até o ministro das Finanças o reconheceu quando afirmou que "este não é o cenário fiscal" que queria. O dr. Costa recuperou para o regime a velha "originalidade" da revolução portuguesa. Era "original" porque era a nossa "via para o socialismo" tal como o cozido é "à portuguesa". O PC e o Bloco fingem hipocritamente que isto não é com eles. Com o PSD e o CDS é que decerto não pode ser.
O autor escreve segundo a antiga ortografia
08.02.2016
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
O autor escreve segundo a antiga ortografia
08.02.2016
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
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