Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 54 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 54 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Absorver o ‘grande retorno’ de mão de obra da construção
Página 1 de 1
Absorver o ‘grande retorno’ de mão de obra da construção
As preocupações que unem no mesmo patamar dirigentes empresariais e dirigentes sindicais da construção civil, bem patentes na posição conjunta que o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, e o presidente do Sindicato da Construção Civil, Albano Ribeiro, recentemente tornaram pública, mostram que é no imobiliário, nomeadamente na reabilitação urbana, que pode existir uma solução para o setor.
O principal desafio é o de absorver um verdadeiro e já iniciado grande retorno de trabalhadores da construção civil que nos últimos anos foram trabalhar para o estrangeiro, por exemplo para Angola, um dos países mais procuradas nessa leva de emigração, mas que estão a regressar por dificuldades em manterem-se nos países de acolhimento profissional, muitos deles a viver outras crises.
A preocupação com esta realidade - que em Angola toca numa percentagem muito significativa de empresas portuguesas de construção - é o cimento que une empresários e sindicalistas do setor da construção. A alternativa à quebra de volume de negócios e ao desemprego que a crise do subprime gerou entre nós foi, para este setor, o da aposta em mercados emergentes que estivessem próximos da nossa cultura, mas a situação também aí se agravou.
Se o grande retorno de mão de obra da construção civil que se adivinha para breve não encontrar um acolhimento eficaz em Portugal vão perder-se, já em 2016, dezenas de milhares de postos de trabalho e milhares de empresas do setor poderão desaparecer, algumas das quais tidas como grandes empresas e esteios do próprio emprego nacional. Como tantas vezes alertei, a esperança é a reabilitação urbana.
Sem querer ressuscitar os tempos em que foi necessário criar o Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN) para prestar apoio aos portugueses que regressavam a Portugal, forçadamente e sem meios para a reintegração, a verdade é que o ‘grande retorno’ que agora se adivinha não sendo, longe disso, tão grande como o que gerou o IARN, também carece de outra atenção até agora inexistente.
O meu amigo e dirigente empresarial Manuel Reis Campos e o sindicalista Albano Ribeiro, pessoas que terão, naturalmente divergências significativas em muitas matérias, estão de acordo em afirmar que esta realidade merece um olhar diferente e mais atento, no que respeita às obras públicas e à reabilitação Urbana que o país também precisa e não apenas para salvar os empregos do setor.
Não se trata de criar postos de trabalho artificiais- Trata-se de dinamizar um setor que pode crescer sustentadamente em Portugal, contribuindo para animar a própria economia Portuguesa, e um setor que tem enormes perspetivas de futuro, nomeadamente e por exemplo também no turismo residencial.
Defender estas soluções não é defender corporativamente um setor. É muito mais do que isso, é defender o próprio país, a recuperação económica que todos desejam e querem e é contribuir, fazendo história, para que a nossa geração possa deixar às gerações futuras um Portugal melhor e mais sustentável do que aquele que recebemos. A reabilitação urbana devia ser uma bandeira de todos, patrões, empregados, Estado e até do Orçamento de Estado.
*Presidente da CIMLOP - Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com
Luís Lima* | 11/03/2016 21:06
SOL
O principal desafio é o de absorver um verdadeiro e já iniciado grande retorno de trabalhadores da construção civil que nos últimos anos foram trabalhar para o estrangeiro, por exemplo para Angola, um dos países mais procuradas nessa leva de emigração, mas que estão a regressar por dificuldades em manterem-se nos países de acolhimento profissional, muitos deles a viver outras crises.
A preocupação com esta realidade - que em Angola toca numa percentagem muito significativa de empresas portuguesas de construção - é o cimento que une empresários e sindicalistas do setor da construção. A alternativa à quebra de volume de negócios e ao desemprego que a crise do subprime gerou entre nós foi, para este setor, o da aposta em mercados emergentes que estivessem próximos da nossa cultura, mas a situação também aí se agravou.
Se o grande retorno de mão de obra da construção civil que se adivinha para breve não encontrar um acolhimento eficaz em Portugal vão perder-se, já em 2016, dezenas de milhares de postos de trabalho e milhares de empresas do setor poderão desaparecer, algumas das quais tidas como grandes empresas e esteios do próprio emprego nacional. Como tantas vezes alertei, a esperança é a reabilitação urbana.
Sem querer ressuscitar os tempos em que foi necessário criar o Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN) para prestar apoio aos portugueses que regressavam a Portugal, forçadamente e sem meios para a reintegração, a verdade é que o ‘grande retorno’ que agora se adivinha não sendo, longe disso, tão grande como o que gerou o IARN, também carece de outra atenção até agora inexistente.
O meu amigo e dirigente empresarial Manuel Reis Campos e o sindicalista Albano Ribeiro, pessoas que terão, naturalmente divergências significativas em muitas matérias, estão de acordo em afirmar que esta realidade merece um olhar diferente e mais atento, no que respeita às obras públicas e à reabilitação Urbana que o país também precisa e não apenas para salvar os empregos do setor.
Não se trata de criar postos de trabalho artificiais- Trata-se de dinamizar um setor que pode crescer sustentadamente em Portugal, contribuindo para animar a própria economia Portuguesa, e um setor que tem enormes perspetivas de futuro, nomeadamente e por exemplo também no turismo residencial.
Defender estas soluções não é defender corporativamente um setor. É muito mais do que isso, é defender o próprio país, a recuperação económica que todos desejam e querem e é contribuir, fazendo história, para que a nossa geração possa deixar às gerações futuras um Portugal melhor e mais sustentável do que aquele que recebemos. A reabilitação urbana devia ser uma bandeira de todos, patrões, empregados, Estado e até do Orçamento de Estado.
*Presidente da CIMLOP - Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com
Luís Lima* | 11/03/2016 21:06
SOL
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin