Dez Navios: Resumo da Marinha Mercante Portuguesa

A notícia de que o grupo de trabalho do governo sobre a dinamização da marinha de comércio não iria ter a presença dos armadores, não caiu bem entre os mesmos. A AAMC ( Associação de Armadores da Marinha de Comércio), diz que da frota da Marinha Mercante somente resta dez navios, e que o facto de não ter sido incluído os representantes dos armadores nacionais, pode levar a que não haja adesão à realidade do sector. O sector da marinha mercante tem a nível europeu, um peso muito significativo na Economia do Mar, sendo que representa em termos europeus, 5,4 milhões de postos de trabalho e gera uma riqueza de aproximadamente 500 mil milhões de euros por ano, no qual a marinha mercante representa 39% da Economia do Mar e 40% dos empregos. A nível europeu, em relação aos últimos 10 anos, a frota europeia cresceu 32%, chegando aos 23 mil navios, sendo que Portugal fez o caminho inverso, decrescendo 34% e passando de 97 navios para ficar só com os 10 navios já mencionados, muito provavelmente devido aos regimes legais e fiscais mais simpáticos de outros países. As medidas que a AAMC considera prioritárias são, a correcção de algumas deficiências nas acessibilidades aos portos, de modo a facilitar o desembaraço dos navios, a resolução dos problemas no trabalho portuário (pacificando todos os conflitos com os estivadores, sobretudo no Porto de Lisboa), o estabelecimento de um novo modelo de governação dos portos e eliminar o excesso de burocracia e formalidades. Por outro lado, também menciona que deve de existir medidas para a eficiência e eficácia dos portos e defende que os resultados positivos pelas administrações portuárias não deveriam servir para pagar dividendos ao Estado, mas antes para serem novamente investidos nos portos, para a longo prazo diminuir a factura portuária.

March 22, 2016

Economia do Mar