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De novo o trem da história
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De novo o trem da história
O Brasil está nesse impasse. De um lado estão o que representam o bem, a verdade, o melhor para o país. Do outro, os que dizem que representam tudo isso apoiando o adversário.
A primeira vez que ouvi a expressão 'Trem da História' era criança e, no Brasil, havia trens. Acho que meu tio falou se referindo a um político civil que insuflou o golpe de 64 e foi cassado pelos militares. Aconteceu muito disso e não vale a pena citar nomes. No entanto, que houve civil arrependido, houve. Outros não. Continuaram no apoio mesmo quando o golpe virou ditadura.
Perdeu o trem da história o comunista que não pulou fora antes do muro de Berlim vir abaixo e arrisca-se a perder o inimigo ou apoiador de Fidel incapaz de perceber que um outro tempo se inicia na Ilha. Perdeu o trem da história o petista que apoia figuras do PT que, sem dúvida, traíram os ideais do partido e corre o risco de perder o raivoso que joga no PT a responsabilidade por todas as mazelas do país.
Apoiar o juiz Sérgio Moro na divulgação de uma conversa privada entre a presidenta da República e o ex-presidente é ter a mesma postura de quem argumenta que ela, ao nomear o aliado ministro, deu um golpe de mestre.
Na democracia não serve acusar alguém porque é um direito democrático e, quando o acusado responde, classificar o direito de resposta de bate boca. Muito menos, acreditar que é um legítimo direito votar no candidato que escolher e chamar de burro quem votou no adversário.
Parece que, atualmente, o Brasil está nesse impasse.
De um lado estão o que representam o bem, a verdade, o melhor para o país. Do outro, os que dizem que representam tudo isso apoiando o adversário.
O PT vacilou e lamento que, no vácuo do vacilo, houve espaço para figuras como Bolsonaro mas nada quero além da lei e dentro da legalidade. Não posso perder o trem da história como muitos em 64. Principalmente, porque não tenho tanto tempo e disposição para ficar na estação esperando o próximo.
Jornalista e escritor brasileiro. Autor de Segura essa, JDSalinger, publicado em Portugal pela editora Chiado
JOÃO CARLOS VIEGAS
23/03/2016 - 18:23
Público
A primeira vez que ouvi a expressão 'Trem da História' era criança e, no Brasil, havia trens. Acho que meu tio falou se referindo a um político civil que insuflou o golpe de 64 e foi cassado pelos militares. Aconteceu muito disso e não vale a pena citar nomes. No entanto, que houve civil arrependido, houve. Outros não. Continuaram no apoio mesmo quando o golpe virou ditadura.
Perdeu o trem da história o comunista que não pulou fora antes do muro de Berlim vir abaixo e arrisca-se a perder o inimigo ou apoiador de Fidel incapaz de perceber que um outro tempo se inicia na Ilha. Perdeu o trem da história o petista que apoia figuras do PT que, sem dúvida, traíram os ideais do partido e corre o risco de perder o raivoso que joga no PT a responsabilidade por todas as mazelas do país.
Apoiar o juiz Sérgio Moro na divulgação de uma conversa privada entre a presidenta da República e o ex-presidente é ter a mesma postura de quem argumenta que ela, ao nomear o aliado ministro, deu um golpe de mestre.
Na democracia não serve acusar alguém porque é um direito democrático e, quando o acusado responde, classificar o direito de resposta de bate boca. Muito menos, acreditar que é um legítimo direito votar no candidato que escolher e chamar de burro quem votou no adversário.
Parece que, atualmente, o Brasil está nesse impasse.
De um lado estão o que representam o bem, a verdade, o melhor para o país. Do outro, os que dizem que representam tudo isso apoiando o adversário.
O PT vacilou e lamento que, no vácuo do vacilo, houve espaço para figuras como Bolsonaro mas nada quero além da lei e dentro da legalidade. Não posso perder o trem da história como muitos em 64. Principalmente, porque não tenho tanto tempo e disposição para ficar na estação esperando o próximo.
Jornalista e escritor brasileiro. Autor de Segura essa, JDSalinger, publicado em Portugal pela editora Chiado
JOÃO CARLOS VIEGAS
23/03/2016 - 18:23
Público
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