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E agora?
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E agora?
Exigências. Óptimo, conseguimos! Com o peso de um fardo que ainda continuamos a carregar às costas, já quase sem forças, mas com a resiliência que em certas alturas só nós a sabemos demonstrar, estamos agora a viver em modo de saída limpa - signifique lá isso o que significar.
Certo é que em cima deste facto recai uma dupla exigência. Nossa, da sociedade civil, para que se robusteça de forma que não mais permita que uma sucessão de maus actos de gestão tomados por governos diversos leve as finanças públicas ao charco, obrigando-nos a corrigir, com a imposição de uma violenta carga de impostos, cortes de rendimentos e de pensões, as asneiras pelas quais não somos directamente responsáveis.
Dos governantes, para que saibam respeitar o fardo que nos obrigam a carregar e que encarem a gestão da coisa pública com sentido de missão e de cumprimento do interesse nacional e não com sentido de utilização e de dependência dos calendários eleitorais.
Instrumentos. E então? Como é que olhamos para isto? Com a estranha má disposição do líder da oposição perante situações positivas, com a insistência do primeiro-ministro de que o esforço vai ter que continuar, ou com a leveza do vice primeiro-ministro, que discursa como se estivesse a vender-nos sabonetes? Ponto é que nenhum destes posicionamentos nos demonstra existir uma visão estratégica para o futuro. Permanecemos no erro de confundir instrumentos com objectivos. O facto de termos conseguido uma saída limpa, não é um objectivo em si próprio. É um instrumento para que Portugal possa projectar o seu futuro. Para mudar de ciclo. Para virar a página. Para se transformar. Para deixarmos definitivamente de estar, ano-sim-ano-não, a fazer correcções aos défices e a responder às exigências vindas de Bruxelas. Pois. Então olhem para o que de positivo os portugueses conseguiram construir, num quadro de enorme exigência, e criem as condições para que os resultados alcançados não sejam meramente conjunturais, mas sim estruturais.
Estratégia. Para isso há que ter uma ideia de País. Que não passa, definitivamente, pelas folhas ‘execel' do Ministério das Finanças. E um sentido de futuro. Que ainda não vimos reflectido nas mensagens das lideranças políticas, sejam as do Governo ou as da oposição. Uns, parece que actuam com uma bateria cujo carregamento depende da lista impositiva de obrigações vindas de fora. E outros, formatados para a afirmação mecânica de contrários sobre o que fazem os primeiros. É pouco, reconheça-se. Assustadoramente, pouco.
Autonomia. Se recuperámos a nossa autonomia, então vamos provar, afirmando para onde queremos ir e como o vamos fazer. Desde logo, deixando de chegar aos conselhos europeus vergados pela condição de país sob assistência e passando a contribuir para uma política europeia que se reencontre consigo própria, ou seja, com os princípios dos seus fundadores, cuja justificação tinha tanta força na altura como tem agora - o meu bilhete de identidade enquanto cidadã portuguesa não vale menos no contexto europeu que o bilhete de identidade de um cidadão alemão! E passando a ter uma ideia de país que não se limite ao seu desenho geográfico e que o estenda para lá disso, alavancando o trabalho de tantas e tantas pequenas e médias empresas que souberam encontrar novos mercados, construir novas oportunidades e recriar-se para sobrevir à crise vivida num espaço económico esgotado pelas suas próprias entropias.
Rita Marques Guedes
08/05/14 00:05
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