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A pedra angular?
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A pedra angular?
Importa chamar a atenção do BCE para não adoptar uma postura redutora de aposta numa excessiva concentração do sector financeiro europeu em dez ou doze grandes instituições, subalternizando os centros de decisão nacionais.
Com todas as limitações decorrentes de não se sentir o impacto desejável da política de ‘quantitative easing’ prosseguida pelo Banco Central Europeu (BCE) em termos de concessão de crédito ao tecido produtivo europeu (limitações essas que têm estado na origem de "construções teóricas" como as do "dinheiro de helicóptero"), manda a verdade reconhecer que a situação económica e financeira na União Europeia, em geral, e na área do euro, em particular, seria bem mais crítica se não fosse a intervenção preconizada por Mario Draghi.
Será, todavia, da maior relevância criar mecanismos adicionais que estimulem os bancos de segunda ordem a financiar investimento produtivo, procurando-se, simultaneamente, chamar a atenção do BCE para a necessidade de não adoptar uma postura redutora de aposta numa excessiva concentração do sector financeiro europeu em dez ou doze grandes instituições, subalternizando centros de decisão nacionais ao ponto de se criarem futuras distorções regionais em matéria de concessão de crédito, com efeitos indutores negativos no atinente a um ainda maior agravamento nas assimetrias já existentes.
Como será fundamental fazer compreender ao BCE que existem questões que se prendem com o interesse nacional a que o processo integracionista e o desiderato de reforço da UEM não poderão estar alheios. A construção europeia deve ser assegurada no respeito dos interesses próprios de cada país, não se desprezando quem, à partida, possa parecer dispor de reduzida capacidade negocial.
Interessa, por conseguinte, conseguir um justo equilíbrio entre os interesses de uma Europa em construção e aquilo que corresponde aos interesses mínimos vitais de comunidades nacionais que, mal ou bem, aspiram a manter alguns traços próprios da sua cultura e da sua vontade de agirem com alguma autonomia em questões que se apresentem essenciais para a manutenção da sua identidade.
Não é possível construir a União Bancária ou, mais tarde, a União Política da Europa sem se compreender que existem interesses particularizantes em cada uma das pedras do edifício que se procura fazer emergir. Recorrendo à cultura bíblica, é sempre possível que “a pedra rejeitada se transforme em pedra angular”. Mesmo quando se trate da menor das pedras. E Draghi terá a sabedoria necessária para compreender que assim poderá acontecer... Nem mais, nem menos...
00:05 h
António Rebelo de Sousa
Económico
Com todas as limitações decorrentes de não se sentir o impacto desejável da política de ‘quantitative easing’ prosseguida pelo Banco Central Europeu (BCE) em termos de concessão de crédito ao tecido produtivo europeu (limitações essas que têm estado na origem de "construções teóricas" como as do "dinheiro de helicóptero"), manda a verdade reconhecer que a situação económica e financeira na União Europeia, em geral, e na área do euro, em particular, seria bem mais crítica se não fosse a intervenção preconizada por Mario Draghi.
Será, todavia, da maior relevância criar mecanismos adicionais que estimulem os bancos de segunda ordem a financiar investimento produtivo, procurando-se, simultaneamente, chamar a atenção do BCE para a necessidade de não adoptar uma postura redutora de aposta numa excessiva concentração do sector financeiro europeu em dez ou doze grandes instituições, subalternizando centros de decisão nacionais ao ponto de se criarem futuras distorções regionais em matéria de concessão de crédito, com efeitos indutores negativos no atinente a um ainda maior agravamento nas assimetrias já existentes.
Como será fundamental fazer compreender ao BCE que existem questões que se prendem com o interesse nacional a que o processo integracionista e o desiderato de reforço da UEM não poderão estar alheios. A construção europeia deve ser assegurada no respeito dos interesses próprios de cada país, não se desprezando quem, à partida, possa parecer dispor de reduzida capacidade negocial.
Interessa, por conseguinte, conseguir um justo equilíbrio entre os interesses de uma Europa em construção e aquilo que corresponde aos interesses mínimos vitais de comunidades nacionais que, mal ou bem, aspiram a manter alguns traços próprios da sua cultura e da sua vontade de agirem com alguma autonomia em questões que se apresentem essenciais para a manutenção da sua identidade.
Não é possível construir a União Bancária ou, mais tarde, a União Política da Europa sem se compreender que existem interesses particularizantes em cada uma das pedras do edifício que se procura fazer emergir. Recorrendo à cultura bíblica, é sempre possível que “a pedra rejeitada se transforme em pedra angular”. Mesmo quando se trate da menor das pedras. E Draghi terá a sabedoria necessária para compreender que assim poderá acontecer... Nem mais, nem menos...
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