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Mensagem por Admin Qua maio 18, 2016 10:49 am

Andamos embrenhados em discussões infantis enquanto os pragmáticos suecos e muitos outros povos promovem e facilitam a autonomia individual, a imaginação e a iniciativa privada porque perceberam que vivem na globalização mais feroz de sempre.

Apesar do incomodativo ‘voice over’ dos locutores portugueses da RTP, quem viu o espetacular Festival Eurovisão da Canção, feito em Estocolmo, não poderá ter deixado de reparar na categoria da expressão inglesa dos dois apresentadores, Petra Mede, cantora, bailarina e apresentadora de TV, e Måns Zelmerlöv, cantor pop e também apresentador de TV.

Há uns anos estive no Start Up Day organizado pela Stockholm School of Entrepreneurship, onde empreendedores contaram as suas iniciativas e (grandes) investidores avaliaram o mérito de algumas. O programa de 2016 foi fabuloso. A grande maioria dos participantes são suecos, mas todo o evento decorre em inglês. Foi impressionante ver e ouvir jovens e não tão jovens empreendedores suecos falar inglês com uma desenvoltura que impressionou mesmo os nativos de inglês. Ali não se trata apenas de dominar a conversação social, mas saber exprimir-se com total fluência em inglês técnico e de negócios. Claro, com um pouco de sotaque, mas, ‘who cares’, quando o que se diz é escorreito e profissional?

Segundo a revista Economist, tecnologia e Estocolmo progridem em conjunto. O domínio absoluto do inglês por uma esmagadora maioria da população é certamente um fator crítico de sucesso, desde logo na profissão mais comum em Estocolmo: programação informática (‘code’). A cidade emprega 18% desse sector, contra os típicos 10% na maioria das capitais europeias. A explosão digital tem ajudado Estocolmo a crescer a um dos ritmos mais rápidos da Europa com uma população na área metropolitana de 2,3 milhões, mais 10% que em 2010.

A economia da cidade tem crescido 5% ao ano, a mais alta de toda a Europa. Estocolmo estará em quinto lugar global na produção de “unicórnios”, empresas como a Klarna, avaliadas em mais de mil milhões de dólares. A política de bem receber estrangeiros tem ajudado as tecnológicas. Um terço das novas empresas são criadas por emigrantes de primeira e segunda geração. Cada emprego tecnológico gera 4,3 outros empregos, em geral pouco remunerados. Há falta de talento. Carl Bildt, antigo primeiro-ministro, quer que 100 mil refugiados sejam ensinados a programar.

O inglês é de longe a língua estrangeira mais estudada em todos os níveis de educação na União Europeia, segundo o Eurostat. Apenas 8,2% da população não fala uma língua para além do sueco. Os portugueses que apenas falam português são mais de 41%. Compare-se. Suécia: 32% falam uma língua estrangeira, 29% falam duas línguas e 31% falam três ou mais. Portugal: 27%, 21%, 11%.

Na Bélgica aprende-se uma segunda língua na creche. A génese do problema com o inglês são as chamadas elites portuguesas, desde logo os políticos, que são completamente canhestras a falar e a escrever inglês – o exemplo não parte de cima. Embora algumas profissões sejam obrigadas a um conhecimento aprofundado do inglês, como forças armadas, médicos, engenheiros, informáticos, advogados, diplomatas, regra geral a proficiência é escassa. Esta avaliação mantém-se há anos.

Quando, em 1974, regressei da Suécia pensei que a democracia iria permitir fazer Portugal progredir rapidamente. A democracia ficou incompleta. Pura ilusão juvenil. Por exemplo, o ensino do inglês em tenra idade deveria ter começado há muitos anos. Os portugueses continuam sem perceber ou não querem perceber que têm de mudar radicalmente a sua atitude e comportamento como (minúscula) comunidade. Vícios ancestrais perduram e outros novos, talvez mais perniciosos, estabeleceram-se.

Progrediu alguma coisa, mas a esperteza serôdia predomina sobre a cultura cosmopolita e global – e esse é o grande problema. Há outros países que progrediram muitíssimo mais e mais rápido porque mudaram de mentalidade – os finlandeses, por exemplo. Andamos embrenhados em discussões infantis enquanto os pragmáticos suecos e muitos outros povos promovem, apoiam, facilitam a autonomia individual, a imaginação e a iniciativa privada porque perceberam que vivem na globalização mais feroz de sempre.

Disse há dias Ramalho Eanes, antigo presidente da República, que a democracia portuguesa não é “satisfatória” porque “não tem havido a preocupação de politizar os cidadãos desde a infância”. E acrescentou: “A República de Abril oferece todas as liberdades, mas esqueceu-se que é necessário criar cidadãos, sobretudo através da educação. Pouco se fez para que a cidadania adulta, exigente e participativa existisse”. A meu ver, a grande oportunidade para rapidamente atualizar a nação foi perdida.

O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico. 

00:05 h
Nuno Cintra Torres, Investigador e Professor Universitário
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