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Logística colaborativa – uma (grande) oportunidade para a sustentabilidade
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Logística colaborativa – uma (grande) oportunidade para a sustentabilidade
"A logística colaborativa é um dos temas a que tenho dedicado mais atenção, através da participação, entre outros, no projeto de investigação iCargo (“Intelligent Cargo in Efficient and Sustainable Global Logistics Operations”) e na plataforma “MixMoveMatch.com”, a solução tecnológica desenvolvida pela Marlo, em parceria com a DHL e 3M Europa, para a logística colaborativa, otimização de recursos no transporte e distribuição de mercadorias.
Estima-se que, para a economia e sociedade europeias – e em particular para o sector logístico - ocorra um desperdício a rondar os 160 mil milhões de euros anuais decorrido do desaproveitamento dos recursos de transporte utilizados.
Calcula-se igualmente que se poderia eliminar uma parcela muito significativa das emissões de carbono na União Europeia se se atingisse a utilização ótima do transporte rodoviário. A contribuir para estas estimativas está, desde logo, o facto de um em cada quatro camiões ou veículos de distribuição circularem vazios. A taxa média de ocupação dos camiões a circular nas estradas europeias é de aproximadamente 52%, o que significa, ironicamente, que a principal “mercadoria” transportada na Europa é o ar. Este problema é ainda mais visível nas zonas urbanas, em que o tráfego é mais intenso. Por exemplo, em Londres, a taxa média de ocupação nos veículos de distribuição é de cerca de 38%, o que confere, indubitavelmente, margem significativa para evolução nestes parâmetros.
São várias as soluções preconizadas para a mitigação destes constrangimentos, todas elas relevantes. Mas a adopção de práticas de logística colaborativa é uma das mais promissoras. Recentemente, num projecto em que colaborei com a 3M para redesenhar toda a cadeia de distribuição na Europa, obtiveram-se poupanças de custos logísticos da ordem dos 35% e redução de pegada de carbono na ordem dos 50% através da adopção de práticas colaborativas. Acompanhei também a implementação destes conceitos nalgumas operações da DHL, tendo-se atingindo a duplicação das taxas de ocupação de camiões.
O grande desafio da logística colaborativa passa, sobretudo, pela definição de um novo modelo de articulação e colaboração entre operadores assente na partilha de informação e custos, com especial incidência no planeamento conjunto da distribuição.
A iniciativa terá que partir, naturalmente, dos grandes carregadores e operadores logísticos (nos casos das grandes cidades, as autoridades locais poderão desempenhar um papel relevante). É claro que, num ambiente fortemente concorrencial, a tendência será procurar soluções que representem vantagens
imediatas sobre os concorrentes e esse tem sido o driver de alguns operadores logísticos que já adoptaram o conceito.
Numa primeira instância, é expectável que subsista alguma resistência à ideia de abordagem conjunta entre concorrentes a esta problemática. No entanto, conforme projetado em diversos estudos e comprovado em casos reais, preservada que esteja a independência dos parceiros através da intervenção de um fornecedor tecnológico neutro que garanta a coordenação entre os vários agentes e a integração de informação, verifica-se um fenómeno de escala não linear na repartição dos benefícios coletivos em favor do parceiro mais relevante. Ou seja, todos beneficiam direta e indiretamente, mas quem mais contribui é quem maiores benefícios recolhe.
Finalmente, vale a pena referir que em Portugal existe já um polo de competências e inovação de logística colaborativa que é líder em termos Europeus. Estou seguro que vão ouvir mais nos próximos anos sobre os desenvolvimentos made in Portugal neste domínio."
Artigo de opinião de Artur Alves, Managing Partner da Marlo Portugal.
21.10.2015
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