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Talvez a resposta ao 'Brexit' não seja "mais Europa"
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Talvez a resposta ao 'Brexit' não seja "mais Europa"
A poucos dias do referendo britânico, há quem defenda que a resposta da Europa deve passar por uma maior integração dos países do clube. E, ao mesmo tempo, por fazer a vida negra aos ingleses, para desincentivar novas saídas. Mas os países europeus têm de evitar cair nessa tentação. Pelo contrário, é tempo de repensar o projecto europeu e de fazer um 'back to basics'.
A poucos dias do referendo britânico, há quem defenda que a resposta da Europa a uma eventual vitória dos apoiantes do 'Brexit' deve passar por uma maior integração dos países que querem permanecer ao clube. A tentação nesse sentido é grande, bem como a de procurar fazer a vida negra aos ingleses (até porque o pior que podia acontecer, para Bruxelas, seria o Reino Unido conseguir prosperar fora da União).
Mas os países europeus têm de ser suficientemente sábios para evitarem cair nessa armadilha.
A União Europeia nasceu com o objectivo de criar um espaço de paz, democracia e prosperidade num continente que, durante séculos, foi dilacerado por conflitos sangrentos. Mas a paz, a democracia e a prosperidade podem ser asseguradas sem que seja necessária a criação de um super-estado europeu, dirigido por uma burocracia não-eleita que, como todas as burocracias, precisa de justificar a sua existência com novas e constantes ingerências nas vidas dos cidadãos, das empresas e dos países. Um burocrata, ainda que bem intencionado, continua a ser um decisor não eleito. Os apoiantes do 'Brexit' têm tiradas demagógicas e frequentemente xenófobas, mas estão certos em várias críticas que fazem ao funcionamento desta União Europeia.
Talvez seja a altura de um 'back to basics': na verdade, para haver paz e prosperidade, basta que a União Europeia seja um espaço com liberdade de comércio e de circulação de pessoas. Basta que a União Europeia fale a uma só voz na negociação de tratados comerciais com outros grandes blocos económicos. Não precisamos de um super-estado europeu para podermos viver de forma próspera e pacífica, como europeus. Nem temos de nos resignar a deixar de viver em estados democráticos e soberanos, onde os respectivos cidadãos têm a última palavra.
Qualquer que seja o resultado do referendo britânico, é chegado o momento de repensar o projecto europeu e criar as condições para manter a paz e a democracia e devolver a prosperidade no continente. Caso contrário, isto vai correr mal, para mais se deixar de existir um contrapeso chamado Reino Unido.
00:05 h
Filipe Alves, Director Interino
filipe.alves@economico.pt
Económico
A poucos dias do referendo britânico, há quem defenda que a resposta da Europa a uma eventual vitória dos apoiantes do 'Brexit' deve passar por uma maior integração dos países que querem permanecer ao clube. A tentação nesse sentido é grande, bem como a de procurar fazer a vida negra aos ingleses (até porque o pior que podia acontecer, para Bruxelas, seria o Reino Unido conseguir prosperar fora da União).
Mas os países europeus têm de ser suficientemente sábios para evitarem cair nessa armadilha.
A União Europeia nasceu com o objectivo de criar um espaço de paz, democracia e prosperidade num continente que, durante séculos, foi dilacerado por conflitos sangrentos. Mas a paz, a democracia e a prosperidade podem ser asseguradas sem que seja necessária a criação de um super-estado europeu, dirigido por uma burocracia não-eleita que, como todas as burocracias, precisa de justificar a sua existência com novas e constantes ingerências nas vidas dos cidadãos, das empresas e dos países. Um burocrata, ainda que bem intencionado, continua a ser um decisor não eleito. Os apoiantes do 'Brexit' têm tiradas demagógicas e frequentemente xenófobas, mas estão certos em várias críticas que fazem ao funcionamento desta União Europeia.
Talvez seja a altura de um 'back to basics': na verdade, para haver paz e prosperidade, basta que a União Europeia seja um espaço com liberdade de comércio e de circulação de pessoas. Basta que a União Europeia fale a uma só voz na negociação de tratados comerciais com outros grandes blocos económicos. Não precisamos de um super-estado europeu para podermos viver de forma próspera e pacífica, como europeus. Nem temos de nos resignar a deixar de viver em estados democráticos e soberanos, onde os respectivos cidadãos têm a última palavra.
Qualquer que seja o resultado do referendo britânico, é chegado o momento de repensar o projecto europeu e criar as condições para manter a paz e a democracia e devolver a prosperidade no continente. Caso contrário, isto vai correr mal, para mais se deixar de existir um contrapeso chamado Reino Unido.
00:05 h
Filipe Alves, Director Interino
filipe.alves@economico.pt
Económico
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