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Ninguém sai limpo
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Ninguém sai limpo
Chegou ao fim, ou ainda não, o imbróglio da Caixa. Devia ter acabado muito mais cedo, só que o Governo de António Costa mostrou-se incapaz de gerir o dossiê que, certamente, marcará pela negativa o primeiro ano do Executivo. A polémica à volta dos administradores do banco público não acabou quando devia ter findado - ou seja, mal foi levantado o problema.
António Domingues, o presidente, saiu quando achou que devia sair, guiado pelos seus próprios interesses, que não coincidem, como é fácil de ver, com os interesses do banco público. Provavelmente, nunca conheceremos os bastidores da grande embrulhada que colocou durante semanas intermináveis a Caixa Geral de Depósitos no topo da atualidade, tornando-a ainda mais frágil do que já é. Tudo correu mal. Desde logo, os salários milionários pagos aos gestores, numa altura em que o país ainda está longe do desafogo financeiro. Depois, a recusa dos administradores em entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, como qualquer detentor de cargo público. E quando se achava impossível algo mais acontece, para dar argumentos aos defensores da privatização da Caixa: a Comissão Europeia vem desmentir o Governo e confirmar as palavras do líder da oposição. Sim, António Domingues, ainda gestor de um banco privado, do BPI, estivera em Bruxelas nas reuniões sobre o plano de recapitalização da Caixa. Pior parece difícil de existir!
E domingo à noite chega a notícia que todos achavam inevitável: António Domingues pede a demissão de presidente da CGD. Com ele foram mais seis administradores. Mas a novela da Caixa é uma caixinha de surpresas: ontem Domingues e parte da sua equipa entregaram a famigerada declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional. Quiseram mostrar, e muito bem, que não têm nada a esconder. Agora a questão: afinal, por que motivo saíram?
Essa é a parte da história que todos gostaríamos de saber, provavelmente nunca será conhecida. Depende dos gestores da Caixa, que agora abandonam o barco, esclarecer a que compromisso chegaram com o Governo. Pois ninguém acredita que António Domingues e a sua equipa fizeram finca pé, durante todo este tempo, sem uma garantia. Que prometeram António Costa, Mário Centeno, ou os dois, aos gestores da Caixa? Ninguém sai limpo desta história que tem como pano de fundo o maior banco português.
EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA
Paula Ferreira
Ontem às 00:04
Jornal de Notícias
António Domingues, o presidente, saiu quando achou que devia sair, guiado pelos seus próprios interesses, que não coincidem, como é fácil de ver, com os interesses do banco público. Provavelmente, nunca conheceremos os bastidores da grande embrulhada que colocou durante semanas intermináveis a Caixa Geral de Depósitos no topo da atualidade, tornando-a ainda mais frágil do que já é. Tudo correu mal. Desde logo, os salários milionários pagos aos gestores, numa altura em que o país ainda está longe do desafogo financeiro. Depois, a recusa dos administradores em entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, como qualquer detentor de cargo público. E quando se achava impossível algo mais acontece, para dar argumentos aos defensores da privatização da Caixa: a Comissão Europeia vem desmentir o Governo e confirmar as palavras do líder da oposição. Sim, António Domingues, ainda gestor de um banco privado, do BPI, estivera em Bruxelas nas reuniões sobre o plano de recapitalização da Caixa. Pior parece difícil de existir!
E domingo à noite chega a notícia que todos achavam inevitável: António Domingues pede a demissão de presidente da CGD. Com ele foram mais seis administradores. Mas a novela da Caixa é uma caixinha de surpresas: ontem Domingues e parte da sua equipa entregaram a famigerada declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional. Quiseram mostrar, e muito bem, que não têm nada a esconder. Agora a questão: afinal, por que motivo saíram?
Essa é a parte da história que todos gostaríamos de saber, provavelmente nunca será conhecida. Depende dos gestores da Caixa, que agora abandonam o barco, esclarecer a que compromisso chegaram com o Governo. Pois ninguém acredita que António Domingues e a sua equipa fizeram finca pé, durante todo este tempo, sem uma garantia. Que prometeram António Costa, Mário Centeno, ou os dois, aos gestores da Caixa? Ninguém sai limpo desta história que tem como pano de fundo o maior banco português.
EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA
Paula Ferreira
Ontem às 00:04
Jornal de Notícias
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