Governo apresentou estratégia de crescimento portuário – conheça aqui!

O Governo, pela voz de Ana Paula Vitorino, Ministra do Mar, apresentou esta segunda-feira (no Porto de Sines) a Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária – o documento define objectivos, acções e metas para o horizonte portuário 2016-2026.

A Estratégia apresentada por Ana Paula Vitorino nas instalações da PSA Sines, concessionária do Terminal XXI, estabelece três objectivos estratégicos: adequar os Portos (ao nível de infraestruturas e de equipamento) ao aumento da dimensão dos navios e da procura e às ligações ao ‘hinterland’; melhorar as condições de operacionalidade dos Portos; criar nos Portos plataformas de aceleração tecnológica e de novas competências. Um quarto objectivo, mais transversal e directamente relacionado aos três anteriormente referidos, passa pela criação de 12 mil novos postos de trabalho até 2030.

Investimento de 2,5 mil milhões, com Sines a receber a maior fatia

Como o Governo já tinha referido, a Estratégia para o sector portuário prevê um investimento total de 2,5 mil milhões de euros nos Portos durante a próxima década – dividido por investimento privado (a maior fatia), investimento público e investimento comunitário.

O Porto de Sines será aquele que captará a maior fatia, com um total de investimento previsto de 670 milhões de euros (mais 470 milhões para a segunda fase do futuro terminal de contentores Vasco da Gama). Seguir-se-á o Porto de Lisboa, onde o principal investimento deverá ser feito no novo terminal de contentores no Barreiro – ao todo, o Governo prevê que sejam aplicados em Lisboa um total de 746 milhões de euros.

Depois de Sines e de Lisboa, o Porto de Leixões será o terceiro Porto em que o Governo espera que seja feito maior investimento, num total de 429,5 milhões de euros. Segue-se a Via Navegável do Douro (sob gestão da APDL), com um investimento previsto de 77,6 milhões de euros. Os portos da Figueira da Foz (36,1 milhões), de Setúbal (25,2 milhões), de Viana do Castelo (24,5 milhões), de Aveiro (24 milhões) e de Portimão (17,5 milhões) completam a lista, por ordem de investimento. 

PLANO DE ACÇÕES 2016-2026




Porto de Sines continuará a ser o que mais cresce

Nas metas relativas ao crescimento de volume na próxima década, o Governo aponta para um aumento de 88% (78 milhões de toneladas). O Porto de Sines, que tem alavancado o sistema portuário para números recorde atrás de números recorde, continuará a ser aquele que mais crescerá na próxima década (+130%, num crescimento estimado de 56,9 milhões de toneladas). Em Leixões, segundo as previsões do Governo, o aumento será de 44% (8,2 milhões de toneladas). Para o Porto de Lisboa, o Governo estabelece a meta de crescimento de 49% (5,6 milhões de toneladas). Setúbal deverá crescer 60% (4,5 milhões de toneladas), Aveiro 26% (1,2 milhões de toneladas) e Figueira da Foz 47% (933 mil toneladas).

Na Via Navegável do Douro e no Porto de Portimão, as metas definidas são para transporte de passageiros, com +15% a Norte e mais 165 mil passageiros no Porto algarvio.

Crescer 200% na carga contentorizada na próxima década

Sobre o necessário aumento/melhoramento da capacidade portuária no País, a Ministra do Mar apresentou também os números relativos às metas para o financiamento dos projectos. Assim, o Governo espera que o privado seja responsável por 83% do total a investir na próxima década. O Estado ficará encarregue de 11% do total a investir, ficando os restantes 6% da responsabilidade de dinheiro comunitário.

A meta do Governo, segundo a Estratégia apresentada esta segunda-feira, passa por criar condições nos Portos nacionais para crescer 200% no segmento de carga contentorizada nos próximos dez anos! Ao mesmo tempo, o documento não esquece questões pertinentes como o ambiente, ficando clara a meta de diminuir em 20% o tráfego rodoviário de e para os Portos nacionais – um modo que, como se sabe, tem sido criticado pelas emissões de poluentes. 

Também o modo fluvial não foi esquecido na Estratégia para os Portos nacionais, com o Ministério do Mar a apontar também para um crescimento desta vertente na próxima década.

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20/12/2016
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