Passos Coelho "Estivemos e estamos sob o olhar do mundo"

por **Admin** Ter Fev 18, 2014 1:11 pm

O primeiro-ministro lembrou que o sucesso do ajustamento português é também uma medida do sucesso do euro.

"Estivemos e estamos sob o olhar do mundo", destacou hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na sua intervenção na abertura do evento "The Lisbon Summit", organizado pela revista "The Economist" e que decorre hoje e amanhã em Cascais. O chefe do governo português notou como a imprensa estrangeira mudou de um olhar "céptico" sobre Portugal, para passar a ver o país como "um bom exemplo".

Passos Coelho traçou a história de um país que se afirmou como um exemplo "de persistência, de esforço reformista, de inconformismo com um passado de estagnação, de vontade de mudar". Primeiro lembrou as dificuldades de 2011, com os cortes de rating e a subida a pique dos juros.

"A imprensa estrangeira foi predominantemente céptica", neste período, referiu o primeiro-ministro. Depois frisou o regresso ao crescimento do PIB, as melhorias no mercado de trabalho, o sucesso no turismo e nas exportações. E rematou: "a mudança mais significativa do ponto de vista externo ocorreu na percepção da comunicação social estrangeira", que passou a ver Portugal "como um bom exemplo".

O primeiro-ministro reconheceu os sacrifícios, mas defendeu que o país é olhado "como um exemplo de como dar sentido a sacrifícios tão exigentes e dolorosos". Passos fez ainda questão de sublinhar que Portugal "também foi encarado como um teste para as instituições europeias" e argumentou que "num sentido muito amplo, parte importante do desenlace da crise europeia nos últimos dois anos esteve também dependente do resultado obtido em Portugal".

Passos não se esqueceu de voltar a fazer um apelo ao consenso sobre o futuro, pedindo "metas concretas para os saldos e para os níveis de despesa primária e corrente". E também voltou a acenar com a possibilidade de uma baixa de impostos: é preciso "manter a disciplina e o esforço de redução da despesa pública" porque "queremos aliviar a carga fiscal sobre o trabalho e sobre o consumo de modo permanente num prazo tão curto quanto possível", disse.

Margarida Peixoto
18/02/14
Jornal de Económico

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