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Mensagem por Admin Seg Jan 05, 2015 12:26 pm

Criar pontes no mundo Diogo-agostinho-3ba8

Esta quadra foi especial. Não apenas pela celebração da chegada de Jesus e pela entrada em 2015, mas tive ainda o privilégio de assistir ao casamento de um grande amigo meu. Casamentos e festividades à parte, foi um momento de reencontrar amigos, muitos deles, com morada longe no Rio de Janeiro, Bruxelas, Edimburgo ou Londres. Jovens que partiram de Portugal, nos últimos dois anos. Jovens que engrossam o número que se estima ser já de 300 mil, considerando apenas o triénio passado, a saírem do nosso País em busca de um futuro melhor.

Estavam satisfeitos nas suas novas vidas e com as novas experiências. São vivências novas, são conhecimentos que adquirem, ganham mundo e novas perspectivas. Um jovem que hoje emigra não vê como improvável estar hoje em Bruxelas e amanhã em Singapura.

Vem esta conversa a propósito, de entender que este é um enorme desafio que teremos em 2015 e nos anos seguintes. Não há país com futuro e que o procure ter em que os jovens não tenham condições para se fixar e formar família. Desenganem-se sobre construir a nova Flórida da Europa e sermos apenas uma luxuosa residência para idosos estrangeiros endinheirados. Não chega, não serve, nem é sustentável no futuro. Apesar dos recentes dados nos terem dito que a natalidade estabilizou, após três anos em queda, há muito a fazer neste capítulo. Já que gostamos muito de comparações, continuamos na cauda da Europa no que à natalidade diz respeito. Se estas sirenes de alerta não chegam, não sei o que mais será preciso para colocar o assunto na lista de prioridades e acelerar estudos, mas sobretudo, soluções e incentivos, no terreno, já agora.

Mais do que retórica, devemos recentrar a acção na resposta à pergunta simples. Ainda esta semana vimos o número de enfermeiros que emigram a aumentar. No topo das razões apontadas estava o vencimento. Voltamos à questão que já referi na semana passada, quando aqui reforcei a ideia de que a geração dos 20 a 30 anos, será a primeira geração que irá, em média, ganhar menos que a dos seus pais. Aqui está o âmago da saída de tantos jovens do nosso País.

Impõe-se criar condições para abandonarmos o estatuto de país fornecedor de trabalhadores qualificados para os outros países. Pagamos a formação de jovens altamente qualificados e, no momento da verdade, apontamos o dedo para a fronteira como destino para usarem o canudo. Como está, não dá. Tal como não dá, apesar dos momentos de enorme dificuldade financeira que enfrentamos, esquecermos estas pessoas, portugueses como nós, que partem e ficam sem elo de ligação. Foi com atenção que acompanhei a intervenção do Conselho para a Diáspora, liderado por Filipe de Botton, que já vem com o historial de iniciativa, que a COTEC Portugal tinha desenvolvido, com o movimento FAZ - Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa. Tem sido um movimento que procura trazer a Portugal gestores e empresários para partilharem experiências e darem o seu contributo. O objectivo é o de "estimular uma nova arquitectura e um novo relacionamento". Muitos afirmam: palavras bonitas não resolvem a crise. Percebo as desilusões e as frustrações, mas neste mundo global, cada português por aí espalhado, deve ser aproveitado.

Todavia não se trata de estimular o fenómeno da emigração dos nossos jovens qualificados, não raras vezes uma sangria de talentos, mas de, pegando numa situação difícil, procurar aproveitar aqueles que são bem-sucedidos no exterior, para que eles sirvam de alavanca para ajudar a levantar o seu país da situação delicada onde se encontra. Os portugueses que estão espalhados pelo mundo devem constituir uma rede que divulga e apoia o país, para que todos juntos os que saem e os que ficaram construam um país melhor, mais justo, atractivo para viver e constituir a família, protegendo o futuro da nossa comunidade. De modo a tornar isto possível e mais simples, um organismo, como o Conselho da Diáspora, que enquadre e facilite o contacto e também o investimento, de quem está fora, em Portugal é bastante útil.

Tomemos ainda como exemplo a descida do preço do barril do petróleo e a redução do valor do Euro. À primeira vista a descida do crude poderá reduzir a factura energética na ordem dos 3 mil milhões de euros. Um valor que permite uma poupança significativa e que pode ser utilizado para outros fins. Todavia não podemos olvidar, como Mário Draghi relembrou esta semana que passou, em entrevista ao jornal Handelsblatt, que os riscos de inflação abaixo da meta de 2% do BCE são elevados, ergo o risco de deflação, por isso a descida do preço dos combustíveis pode ser uma notícia ambivalente. Adicionalmente, o Presidente do BCE referiu-se à preparação de medidas de estímulo por parte do BCE, podendo as mesmas passar por compra de dívida pública.

A poupança no posto de abastecimento implica que Portugal pode ver reduzir-se o valor das exportações e ligações económicas com países produtores de petróleo, como é o caso de Angola.

Temos aqui dois problemas.

71% das nossas exportações vão para países da União Europeia, logo aí, perdemos parte do estímulo cambial da descida do Euro e o abrandamento económico, que se vive nos nossos parceiros europeus, agrava a nossa situação, depois, o país extra-europeu para onde mais exportamos, Angola já avançou com uma série de medidas de austeridade, face à diminuição das receitas com a venda de crude, o que irá provavelmente influenciar negativamente o desempenho das exportações portuguesas, logo o crescimento económico de que estávamos a ver os primeiros indícios.

Ora, é caso para perguntar, o mundo é assim tão pequeno? Não teremos aqui a urgência para encarar a oportunidade de alargar a base de países para quem exportamos? E não é aqui que deve surgir o toque a rebate de todos os pontas-de-lança portugueses que temos espalhados pelo mundo? Isto de ter um passaporte português não deve ser apenas um mero documento, qual pin na lapela, para coleccionar vistos. Pode e deve ser um compromisso com a pátria e levar a que se preste auxílio a tantas empresas que precisam de aconselhamento, acompanhamento e apoio na sua saída para o mundo.

Já tenho dito algumas vezes e volto a pugnar pela causa, senhores da AICEP, das Embaixadas e Consulados, do Turismo de Portugal, é tempo de fazer mais. Não bastam iniciativas da sociedade civil como o Conselho da Diáspora. É urgente fazer mais.

Os nossos jovens partem, fazem-no com pergaminhos e ganham lá fora um know how que não pode ficar desaproveitado. Gosto de ver que a diáspora entrou na ordem do dia e nos discursos políticos, mas está na hora de convocar toda a nossa Diáspora e, passo a expressão, pô-la em campo. Está na hora de criar pontes efectivas e não apenas afectivas com quem está fora, deste modo incentivando a economia portuguesa que precisa de todos os catalisadores para o crescimento que puder obter. E, de permeio, na construção destas pontes, que não saiam apenas mercadorias, serviços e pessoas, mas regressem nesse caminho os jovens com os seus filhos. Precisamos de mudar a nossa pirâmide demográfica e iniciar a trajectória do crescimento sustentável para tal, pois estes dois objectivos estão mutuamente relacionados, temos de usar e potenciar todos os nossos recursos internos e externos para o fazer. 

Diogo Agostinho |
8:01 Segunda feira, 5 de janeiro de 2015
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