Movimento de mercadorias cai nos portos e no transporte por estrada no 3.º trimestre

Lisboa, 14 jan (Lusa) - O movimento de mercadorias no terceiro trimestre do ano passado caiu 1,5% nos portos nacionais em termos homólogos e 1,7% no transporte por estrada, enquanto cresceu 8,7% por comboio, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O movimento de mercadorias nos portos portugueses caiu 1,5% no terceiro trimestre de 2014 em termos homólogos, fixando-se em 20,6 milhões de toneladas, depois de já ter sido registada uma queda de 0,7% no segundo trimestre do ano passado e face a um aumento de 24,4% verificado no terceiro trimestre de 2013.

Segundo o INE, a redução da carga movimentada verificou-se nos três meses do trimestre, um pouco mais em julho (-1,9%).

Os portos de Leixões e de Lisboa movimentaram 4 milhões e 2,6 milhões de toneladas, respetivamente, correspondentes a uma queda de 9,2% e 2,8% na atividade, tendo Figueira da Foz também sofrido uma diminuição de 6,7%.

Os portos de Aveiro e de Setúbal foram a exceção e contrariaram a tendência geral decrescente, ao registarem subidas no movimento de mercadorias de 12,1% e 9,4%, respetivamente.

Já em Sines, o movimento ascendeu a 9,5 milhões de toneladas (0,1%), tendo este porto abrangido 46,1% do movimento total.

Apesar da queda no movimento de mercadorias em geral, diz o INE, houve um aumento de 4,7% na dimensão das embarcações entradas.

O número de embarcações entradas nos portos marítimos nacionais aumentou 1,1%, correspondendo a 3.859 navios, das quais 81,1% destinavam-se ao transporte de mercadorias.

O tráfego internacional de mercadorias (85% do total) fixou-se em 17,5 milhões de toneladas, ou seja, uma subida de 0,2%, sucedendo a um aumento de 1,4% no trimestre anterior.

O INE destaca ainda os aumentos ocorridos em Aveiro (12,6%), Setúbal (9,9%) e Sines (1,3%), em oposição às diminuições em Leixões (7%) e Lisboa (2,2%).

O movimento entre portos nacionais totalizou 3,1 milhões de toneladas, refletindo uma diminuição de 10,3%, tendo Leixões (-17,6%) e Lisboa (-5,9%) sido "alguns dos portos que contribuíram para a diminuição no tráfego nacional".

No mesmo trimestre, o total da carga e correio movimentados nos aeroportos chegou às 37,3 mil toneladas, representando um aumento de 3%, menor do que o observado no trimestre anterior (6,8%). Neste período, observaram-se aumentos tanto no desembarque de carga e correio (4,1%) como no embarque (2,2%).

Também o movimento de mercadorias por comboio intensificou-se neste trimestre, com uma subida de 8,7% nas toneladas transportadas (2,8 milhões).

O volume de transporte aumentou 6,9%, num total de 655,4 milhões de toneladas-quilómetro.

O transporte rodoviário de mercadorias manteve a tendência de evolução negativa verificada no trimestre anterior, ainda que menos acentuada.

Os veículos pesados de matrícula nacional movimentaram um menor peso de mercadorias (-1,7%), que foi mais evidente no tráfego internacional (-2,6%) do que no tráfego nacional (-1,6%).

Face ao trimestre anterior, a redução do volume de transporte rodoviário de mercadorias foi mais acentuada (17,3%) em ambos os tipos de tráfego (-17,1% no nacional e -17,4% no internacional).

O transporte rodoviário com origem ou destino em Espanha representou 65,6% do total, considerando o peso das mercadorias movimentadas em tráfego internacional.

França e Alemanha foram outros países da União Europeia (UE) -27 que se destacaram (11,3% e 8,5%, respetivamente).

JMG // CSJ

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14-01-2015 13:04 | Economia
Fonte: Agência Lusa