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Encíclica pró-verde
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Encíclica pró-verde
Percebe-se que um Papa que escolhe o nome de Francisco (de Assis) dedique a sua segunda Encíclica à ecologia. Tornando-se um aliado (in)esperado dos ambientalistas.
Uma vez mais o sorridente e querido Francisco surpreendeu. Mas mais que elogios à "Laudato Si", proponho-me, na linha do Acton Institute, usar a "diversidade de opiniões" (7, 60) para irrequietas interrogações. Como explicar a presença na assessoria à carta papal de pessoas tão contrárias à doutrina católica? Justificar-se-á o convite ao economista Jeffrey Sachs - defensor do aborto e do controlo populacional - para uma conferência no Vaticano sobre alterações climáticas? Mais significativo é Hans Joachim Schellnhuber - director do polémico instituto alemão Postdam (o do "limite de dois graus à temperatura global") - ser o único assessor laico seleccionado pela Curia. Ele que foi o mentor do "Plano" para "A grande transformação da sociedade global" que - em nome da sustentabilidade e de uma sociedade sem carbono - obrigou a tais investimentos/subsídios nas energias solar e eólica que concedeu os alemães o direito a chamar ao recibo da electricidade o seu "segundo aluguer".
Daí a especulação: "O Vaticano está infiltrado por seguidores de um movimento radical verde que é, no seu âmago, contrário ao Cristianismo, contrário às pessoas, contrário aos pobres e contrário ao desenvolvimento. Os princípios básicos do catolicismo - a santidade da vida humana e o valor de todas as almas - são detestados pelos pagãos modernos que adoram o criado, mas não o Criador". (Investors Business Daily)
É em nome da luta contra a fome e a pobreza que a Encíclica verde propõe uma "revolução" para salvar a mãe terra. Mas como conciliar a dispendiosa crença nas energias renováveis com o (des)amor aos 1.300 milhões mais pobres do planeta que dependem da madeira e do esterco seco para cozinharem e se aquecerem?
Igualmente preocupante é a mistura de ‘slogans' da esquerda radical - como "a política não deve submeter-se à economia" - com a estigmatização do capitalismo, sem o nomear. Justificando-se assim a profusão de urgentes medidas de âmbito mundial com base no que se passa em "alguns lugares" (que não refere) e em "alguns estudos" (que não cita). Tudo numa lógica de "soma zero" que dá azo a duras críticas ao consumo e à "fé cega" nas tecnologias de que, afinal, tanto se precisa para salvar milhões de vidas da fome e da pobreza. Louvando-se numa ideia de economia que leva a dizer que "a falta de casas é grave porque os orçamentos estatais só conseguem cobrir uma pequena parte da procura" e a assegurar que "o ambiente é um dos bens que os mecanismos do mercado não são capazes de defender ou de promover adequadamente". Citando-se até João XXIII em defesa de "uma verdadeira Autoridade política mundial": a quem caberia por certo a tarefa de legislar e sancionar sobre "o crescente aumento do uso e da intensidade dos aparelhos de ar condicionado". Mal derivado, não do calor, mas dos "mercados" que "procuram um benefício imediato, estimulando ainda mais a sua procura". Será, contudo, de crer que no Vaticano se perdoe o uso que aí se faça dessas máquinas infernais.
00:00 h
José Manuel Moreira
Económico
Uma vez mais o sorridente e querido Francisco surpreendeu. Mas mais que elogios à "Laudato Si", proponho-me, na linha do Acton Institute, usar a "diversidade de opiniões" (7, 60) para irrequietas interrogações. Como explicar a presença na assessoria à carta papal de pessoas tão contrárias à doutrina católica? Justificar-se-á o convite ao economista Jeffrey Sachs - defensor do aborto e do controlo populacional - para uma conferência no Vaticano sobre alterações climáticas? Mais significativo é Hans Joachim Schellnhuber - director do polémico instituto alemão Postdam (o do "limite de dois graus à temperatura global") - ser o único assessor laico seleccionado pela Curia. Ele que foi o mentor do "Plano" para "A grande transformação da sociedade global" que - em nome da sustentabilidade e de uma sociedade sem carbono - obrigou a tais investimentos/subsídios nas energias solar e eólica que concedeu os alemães o direito a chamar ao recibo da electricidade o seu "segundo aluguer".
Daí a especulação: "O Vaticano está infiltrado por seguidores de um movimento radical verde que é, no seu âmago, contrário ao Cristianismo, contrário às pessoas, contrário aos pobres e contrário ao desenvolvimento. Os princípios básicos do catolicismo - a santidade da vida humana e o valor de todas as almas - são detestados pelos pagãos modernos que adoram o criado, mas não o Criador". (Investors Business Daily)
É em nome da luta contra a fome e a pobreza que a Encíclica verde propõe uma "revolução" para salvar a mãe terra. Mas como conciliar a dispendiosa crença nas energias renováveis com o (des)amor aos 1.300 milhões mais pobres do planeta que dependem da madeira e do esterco seco para cozinharem e se aquecerem?
Igualmente preocupante é a mistura de ‘slogans' da esquerda radical - como "a política não deve submeter-se à economia" - com a estigmatização do capitalismo, sem o nomear. Justificando-se assim a profusão de urgentes medidas de âmbito mundial com base no que se passa em "alguns lugares" (que não refere) e em "alguns estudos" (que não cita). Tudo numa lógica de "soma zero" que dá azo a duras críticas ao consumo e à "fé cega" nas tecnologias de que, afinal, tanto se precisa para salvar milhões de vidas da fome e da pobreza. Louvando-se numa ideia de economia que leva a dizer que "a falta de casas é grave porque os orçamentos estatais só conseguem cobrir uma pequena parte da procura" e a assegurar que "o ambiente é um dos bens que os mecanismos do mercado não são capazes de defender ou de promover adequadamente". Citando-se até João XXIII em defesa de "uma verdadeira Autoridade política mundial": a quem caberia por certo a tarefa de legislar e sancionar sobre "o crescente aumento do uso e da intensidade dos aparelhos de ar condicionado". Mal derivado, não do calor, mas dos "mercados" que "procuram um benefício imediato, estimulando ainda mais a sua procura". Será, contudo, de crer que no Vaticano se perdoe o uso que aí se faça dessas máquinas infernais.
00:00 h
José Manuel Moreira
Económico
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