Os Fundos Comunitários Na Capacitação Dos Recursos Humanos

Os fundos comunitários, nomeadamente o Fundo Social Europeu, têm tido um papel decivo na capacitação e na valorização dos recursos humanos desde que Portugal entrou para a UE. É verdade que nem sempre foram bem utilizados, mas estou certo que hoje a má utilização desse auxílio financeiro é residual e o saldo é extremamente positivo. Sem esses apoios, as PME não teriam capacidade de se substituírem ao Estado na capacitação de uma população com baixas qualificações ou com qualificações desadequadas ao mercado de trabalho atual. As exigências de hoje são diferentes das de ontem e as de amanhã serão necessariamente diferentes das de hoje. Daí a necessidade contínua de requalificação da mão-de-obra. A evolução tecnológica obriga a uma permanente e exigente capacitação. Os empresários, através das suas associações, criaram o seu próprio modelo que tem como base o conceito de “formação – acção”. Este conceito, com ma de duas décadas, tem vindo a ser melhorado. Hoje, a Comsão Europeia e o Governo português reconhecem que é o modelo indicado para as empresas, para os empresários e para os colaboradores.

Nos últimos anos, e dando como exemplo a Região Centro, temos vto uma aposta neste tipo de formações e neste âmbito destaco o Projeto QI PME Centro – Qualificação e Inovação integrado no POPH e desenvolvido no âmbito do QREN. Esta iniciativa vou aumentar os níve de competitividade das PME da região Centro ao nível da Qualificação de Recursos Humanos, em que o CEC foi Organmo Intermédio.

A metodologia do QI PME Centro combinou momentos de intervenção ação na empresa, através do desenvolvimento de um diagnóstico organizacional, composto por diferentes tipologias de instrumentos e da implementação de um plano de ação, com sessões de formação temáticas articuladas para os momentos de consultoria dirigida a empresários e dirigentes de PME, bem como, paralelamente, com ações de formação, inter e intra, para os ativos das empresas intervencionadas. Foram investidos neste projeto, durante sete anos, 16 milhões de euros, que corresponderam a 389 mil horas de volume de formação, 192 mil horas de consultadoria, 48,6 mil horas de formação, envolvendo 1380 empresas e 19.583 formandos

No CEC entendemos que as boas práticas devem ser dseminadas e, se possível, replicadas. Exemplo dso é o projeto FINCENTRO que depo de uma primeira versão com grande foco na componente de financiamento de iniciativas empresaria, partiu para uma segunda edição em virtude dos resultados e das necessidades identificadas pelas PME do Centro, renovando a parceria com o Ma Centro – Programa Operacional Regional do Centro. Com este processo de consultoria especializada gratuita, as 10 empresas intervencionadas tiveram a possibilidade de estruturar uma vão sobre as suas necessidades de evolução, definir de objetivos estratégicos e identificar atuações prioritárias. Pretendeu-se, desta forma, intervir junto das empresas através do apoio à gestão de topo, identificando prioridades de atuação, como são exemplo a inovação, o intraempreendedormo, a eficiência organizacional, a sustentabilidade e a internacionalização, componentes valorizadas junto do novo quadro comunitário de apoio e enquanto fator de competitividade das empresas.

Este projeto, que envolveu o CEC e as suas Associações com um investimento de cerca de do milhões de euros e financiado pelo PO Centro em 85%, reflete bem a filosofia da “formação-capacitação”, trabalhando em diversas vertentes das empresas e, por conseguinte, dos seus recursos humanos, dando-lhe ferramentas para se adaptarem às constantes mutações do mundo empresarial e laboral. Os fundos europeus podem, e devem, ser aproveitados para alavancarem o potencial humano, condição fundamental para a mobilização do tecido empresarial.

É fundamental sermos exigentes e sabemos que essa exigência passa pelos vários intervenientes: formandos, formadores, consultores, empresas e entidades coordenadoras.

Todos deveremos ser responsáve e para nós é claro querermos continuar a contribuir e fazer parte deste processo de capacitação, melhorando o aproveitamento das oportunidades.

José Couto, Presidente do Conselho Empresarial do Centro / CCIC

7 Julho, 2015 10:41
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