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Jogo mental
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Jogo mental
Apesar de tudo, sejamos optimistas.
Esta é uma proposta de "jogo mental" para os momentos de lazer e reflexão destes dias de férias. A ideia é conseguir identificar as figuras a que correspondem as várias letras, a começar pela figura X. As letras e o jogo de correspondências podem ser aplicadas, tipo puzzle, a figuras conhecidas ou menos conhecidas – de governantes a chefes e chefinhos, de empresários a patrões e patrõezinhos, de treinadores a presidentes de clubes, de administradores a colegas e coleguinhas.
Em última análise, podem ser aplicadas a todos e a cada um – se para isso houver espírito autocrítico que chegue. Jogo: "Ninguém duvidava de que X tinha o direito de decidir e que as suas decisões deviam ser implementadas. Nos dias mais críticos, X falou com muita frequência com A, B, C, D e E.
Outras figuras proeminentes do regime, até mesmo favoritos, como F, tiveram muito pouco ou mesmo nenhum contacto com X. Naturalmente, X manteve-se em contacto constante com as chefias operacionais. Mas enquanto C, por exemplo, só se inteirava por terceiros dos planos operacionais, era frequente que as próprias chefias operacionais tivessem muito poucas informações sobre os acontecimentos, ou apenas tardiamente. O gabinete, é claro, nunca se reunia.
Algo absolutamente extraordinário para um Estado moderno complexo, não existia qualquer governo além de X e dos indivíduos que ele escolhesse para consultar em determinadas alturas em particular. X era o único elo de ligação entre as partes componentes do regime. Somente na sua presença era possível tomar medidas importantes. Mas aqueles que eram admitidos à sua presença, além do séquito habitual de secretárias e oficiais às ordens, eram na sua maioria pessoas que precisavam de linhas de orientação operacionais ou, como A ou C, partilhavam da sua maneira de pensar e dependiam inteiramente dele. O governo tinha passado a ser uma autocracia de X.
O processo personalizado da tomada de decisões traduzia-se em tudo menos consistência, clareza e racionalidade, e dava origem a improvisações desconcertantes, alterações inesperadas de curso e incertezas. X vivia dos seus nervos. Este estado de espírito estendeu-se a outros em seu redor. Tudo se coadunava com a sua psicologia pessoal." Solução: X = Adolf Hitler: A = Ribbentrop; B = Goring; C = Goebbels: D = Himmler ; E = Bormann; F = Speer. PS -
O texto faz parte da obra ‘Hitler - Uma biografia’, do historiador Ian Kershaw. Diz respeito ao período imediatamente anterior à invasão da Polónia pelos nazis, e que deu origem à Segunda Guerra Mundial. De X e dos outros já só reza a História! O problema é que fizeram História. Apesar de tudo, como diria o meu amigo Zé dos Pneus, sejamos optimistas!
23.08.2015 00:30
VICTOR BANDARRA
Jornalista
Correio da Manhã
Esta é uma proposta de "jogo mental" para os momentos de lazer e reflexão destes dias de férias. A ideia é conseguir identificar as figuras a que correspondem as várias letras, a começar pela figura X. As letras e o jogo de correspondências podem ser aplicadas, tipo puzzle, a figuras conhecidas ou menos conhecidas – de governantes a chefes e chefinhos, de empresários a patrões e patrõezinhos, de treinadores a presidentes de clubes, de administradores a colegas e coleguinhas.
Em última análise, podem ser aplicadas a todos e a cada um – se para isso houver espírito autocrítico que chegue. Jogo: "Ninguém duvidava de que X tinha o direito de decidir e que as suas decisões deviam ser implementadas. Nos dias mais críticos, X falou com muita frequência com A, B, C, D e E.
Outras figuras proeminentes do regime, até mesmo favoritos, como F, tiveram muito pouco ou mesmo nenhum contacto com X. Naturalmente, X manteve-se em contacto constante com as chefias operacionais. Mas enquanto C, por exemplo, só se inteirava por terceiros dos planos operacionais, era frequente que as próprias chefias operacionais tivessem muito poucas informações sobre os acontecimentos, ou apenas tardiamente. O gabinete, é claro, nunca se reunia.
Algo absolutamente extraordinário para um Estado moderno complexo, não existia qualquer governo além de X e dos indivíduos que ele escolhesse para consultar em determinadas alturas em particular. X era o único elo de ligação entre as partes componentes do regime. Somente na sua presença era possível tomar medidas importantes. Mas aqueles que eram admitidos à sua presença, além do séquito habitual de secretárias e oficiais às ordens, eram na sua maioria pessoas que precisavam de linhas de orientação operacionais ou, como A ou C, partilhavam da sua maneira de pensar e dependiam inteiramente dele. O governo tinha passado a ser uma autocracia de X.
O processo personalizado da tomada de decisões traduzia-se em tudo menos consistência, clareza e racionalidade, e dava origem a improvisações desconcertantes, alterações inesperadas de curso e incertezas. X vivia dos seus nervos. Este estado de espírito estendeu-se a outros em seu redor. Tudo se coadunava com a sua psicologia pessoal." Solução: X = Adolf Hitler: A = Ribbentrop; B = Goring; C = Goebbels: D = Himmler ; E = Bormann; F = Speer. PS -
O texto faz parte da obra ‘Hitler - Uma biografia’, do historiador Ian Kershaw. Diz respeito ao período imediatamente anterior à invasão da Polónia pelos nazis, e que deu origem à Segunda Guerra Mundial. De X e dos outros já só reza a História! O problema é que fizeram História. Apesar de tudo, como diria o meu amigo Zé dos Pneus, sejamos optimistas!
23.08.2015 00:30
VICTOR BANDARRA
Jornalista
Correio da Manhã
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