Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 40 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 40 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
As legislativas - política e cidadania
Página 1 de 1
As legislativas - política e cidadania
Confrontamo-nos hoje com uma opção política exigente e muito relevante: escolher o próximo Parlamento e, decorrendo daí (princípio da maioria), o próximo Governo. Sabemos que a oferta política é apresentada aos eleitores em pacote fechado. Os partidos propõem os candidatos e os cidadãos escolhem dentre o que é oferecido. O poder de propositura é exclusivo dos partidos. Que são muitos, embora só três contem para a solução governativa.
Até que se verifique uma profunda mudança no sistema de partidos que corresponda aos novos meios de que a cidadania dispõe, não só para comunicar, mas agora também para se protagonizar politicamente, sem a velha mediação de tipo orgânico. Entretanto, os principais partidos têm-se mantido inflexíveis, resistindo à mudança.
Mas o sistema já não responde aos desafios. Ou seja, a cidadania fica diminuída quando a oferta política é decidida em circuito fechado e com critérios e instrumentos de seleção inadequados. Imperam bolsas de quotas, relações familiares, lógicas territoriais e de grupo, e em circuito blindado. Por exemplo, a fratura exposta que se verifica no PS entre o anterior grupo dirigente e o atual é claro sinal disso. Ao fechamento de um corresponde, agora, o fechamento de outro.
Esta lógica - e os critérios que referi - já transbordou para as listas de candidatos a deputados e para as presidenciais. O mecanismo que levou o atual secretário-geral ao poder não foi o mesmo que gerou as candidaturas a deputados ou as candidaturas à Presidência (vide USA). Mas este mecanismo, parte da necessária mudança, tornou-se incontornável: primárias abertas. Mecanismo de seleção mais amigo da cidadania, permite dois ganhos: superação da lógica corporativo-nepotista e abertura a um maior protagonismo político da sociedade civil. Isto sem menorizar os partidos. Pelo contrário, até ajuda a metabolizar, com vantagem, a mudança evitando perigosas disrupções! Até a prudente Inglaterra já está a seguir este caminho, pela mão dos trabalhistas!
Ora, em Outubro ainda seremos chamados a votar em candidatos gerados por uma lógica que se está a revelar inadequada e sem futuro. E as dificuldades do país (emprego, banca, dívida pública, ensino, etc.) não são alheias a esta grave insuficiência do sistema político. A cidadania ativa deveria, pois, nestas eleições, confrontar as formações políticas com um futuro que já tarda, ou seja, com um profundo repensamento e uma drástica conversão da política.
*Director da Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração da Universidade Lusófona
João Almeida Santos* | 03/09/2015 16:09
SOL
Tópicos semelhantes
» Portugal: Eleições legislativas rumo à instabilidade política?
» Migrações e cidadania
» Cidadania em contas
» Migrações e cidadania
» Cidadania em contas
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin