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Mensagem por Admin Ter Mar 25, 2014 9:06 pm

Cidades do cancro Ng1475695_435x200


Nada melhor do que ir à tradição para explicar o presente de forma mais simples. Poderíamos, neste caso, adaptar uma das frases mais famosas de Mao Tsé-Tung, líder da revolução chinesa e condutor solitário do país durante décadas – a poluição não é um tigre de papel.

Mao aplicava o adágio aos reaccionários, mas sem a negativa, para os evidenciar como inofensivos. Mas os tempos são outros. O país abriu-se ao investimento externo e ao ritmo de crescimento económico do capitalismo, sem deixar de manter o sistema do partido único na sua condução política. Com o aumento demográfico e a explosão da vida urbana veio o aumento da produção, feita para todo o mundo, e dos transportes nas grandes cidades. Resultado: nuvens de ar contaminado nas maiores cidades – Pequim e Xangai chegam a ter um nevoeiro que já foi captado por satélites da NASA – a um nível superior até ao da revolução industrial no Ocidente.

O problema, até aqui menorizado e até censurado pelas autoridades, que o encaravam como consequência natural do desejo de o país chegar a níveis de desenvolvimento comparáveis ao do mundo desenvolvido, começa a ser visto com outros olhos.

E não se centra só nas grandes cidades: “Algumas aldeias já são conhecidas como ‘as aldeias do cancro’” pelo efeito da contaminação destas nuvens gigantescas de poluição, nota Mafalda Sousa, engenheira ambiental da associação ambientalista portuguesa QUERCUS. Este caso, parece ser “sem precedentes, pelo menos desde que há registo”, reconhece.
É que o smog que se concentra nas cidades é em tal quantidade que, quando é transportado pelo vento, a sua dissipação não é suficiente para lhe baixar o nível de prejuízo para a saúde pública. As autoridades já reconheceram outros dados alarmantes, além do ritmo a que aumentaram as mortes precoces. A esperança média de vida dos chineses no Norte do país estará a diminuir em cinco anos devido às doenças que estão associadas à poluição atmosférica.

Uma notícia recente dava também conta de um caso particularmente invulgar e dramático. Uma menina de oito anos terá sido diagnosticada com cancro do pulmão, algo também com poucos precedentes. A rapariga, mantida no anonimato pelos media chineses, vivia perto de uma estrada nacional com muito movimento na província de Jiangsu. Os médicos culparam de imediato a poluição atmosférica resultante das emissões de gases nocivos dos veículos. Entre 2002 e 2011, uma das primeiras décadas de aceleração maior do ‘milagre económico’ chinês, a incidência de cancros do pulmão duplicou, segundo as autoridades.

O esperma não sabe nadar


Numa cidade como Xangai, forte e rapidamente industrializada nas últimas décadas, já se cunhou um termo para o fenómeno: ‘arpocalipse’. Nesta megalópole de arquitectura arrojada e sobrepopulação, o problema demográfico pode inverter-se rapidamente. Sem deixar de ser um problema: no principal banco de esperma da cidade, apenas um terço das amostras são consideradas viáveis pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os primeiros sinais já começaram. Li Zheng, especialista em fertilidade masculina do Hospital Renji de Xangai já se confessou “muito preocupado com o aumento das taxas anunais de infertilidade masculina” na região, segundo o jornal britânico The Independent.

O problema da incapacidade da reprodução pode agravar-se. Zheng estudou estas taxas nos últimos dez anos entre os seus pacientes de urologia para basear a sua preocupação. “Quando a qualidade do ambiente é má, o esperma até deixa de nadar”, diz o médico.

Nos campos, o receio tem a ver já com a viabilidade das terras, segundo o testemunho de alguns camponeses.
“A produção industrial não tem em conta uma regulamentação ambiental” adianta Mafalda Sousa. De resto, o Ministério do Ambiente chinês já foi considerado um dos piores do mundo. Além dos gases nocivos concentrados, como o óxido de azoto, o monóxido de carbono e os dióxidos de enxofre, há que temer as partículas de muito pequena dimensão que entram no sistema respiratório humano, nota a engenheira. As mesmas partículas responsáveis por graves problemas respiratórios e por mortes em países ocidentais há 50 ou 60 anos. Foi o smog que levou a Grã-Bretanha a estabelecer uma lei de qualidade do ar na época e a resolver assim o assunto.

Se essa concentração de partículas é tão grande que o vento não a dissipa quando a transporta, o problema deixa de ser exclusivo da China. Outros países em volta já sentem os efeitos da nuvem negra. A frase é um cliché, mas é cada vez mais válida naquelas paragens: a poluição não tem fronteiras.

ricardo.nabais@sol.pt

25 de Março, 2014
por Ricardo Nabais
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