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Entretanto, em 2015
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Entretanto, em 2015
O Canadá, que raramente desperta atenções, mostrou nesta semana que tem muito mais que se lhe diga do que o facto de ser vizinho dos Estados Unidos através da maior fronteira terrestre do mundo. No governo do recém-eleito Justin Trudeau convivem um astronauta, um sikh condecorado pelo serviço no Afeganistão, uma nadadora paralímpica, uma refugiada afegã, um ex-jogador de hóquei que ficou paralisado num tiroteio.
E tantas mulheres quanto homens. "Porque estamos em 2015", disse Trudeau quando lhe perguntaram sobre a razão para tamanha diversidade. A simplicidade da resposta só ajudou a vincar a natureza extraordinária dos factos: escolher aquelas pessoas, misturar géneros, raças, culturas e religiões diferentes num mesmo governo pode ter sido a coisa mais natural do mundo para Trudeau - que importa tudo isso se há valor e competência? -, mas o mundo inteiro, canadianos incluídos, ficou surpreendido. E essa é mesmo a única coisa estranha, a surpresa que coisas tão naturais ainda nos causam. A sete mil quilómetros de distância, num dos cantos mais bairristas e tradicionais de Lisboa, talvez a escolha de Trudeau não tenha chocado tanto. Desde que ali voltaram a ser vizinhos, alfacinhas, imigrantes, refugiados, cristãos e muçulmanos reconstruíram a Mouraria. O velho fez-se novo, as casas abandonadas voltaram a ter famílias dentro, abriram lojas, restaurantes, mercearias, e as ruas voltaram a servir para lá passear gente. Há quem não esteja feliz - há sempre quem não esteja feliz - mas quase todos reconhecem que a mudança foi positiva.
O bairro de que muitos lisboetas já só se lembravam quando era noite de Santos ou queriam ouvir cantar o fado voltou a viver. O bairro da Mouraria não é o Canadá, e se num caso já se veem resultados, no outro ainda se vive em estado de graça, sem trabalho feito. Mas ambos servem de exemplo: igualdade é isto. É realmente muito simples.
Editorial
07 DE NOVEMBRO DE 2015
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
E tantas mulheres quanto homens. "Porque estamos em 2015", disse Trudeau quando lhe perguntaram sobre a razão para tamanha diversidade. A simplicidade da resposta só ajudou a vincar a natureza extraordinária dos factos: escolher aquelas pessoas, misturar géneros, raças, culturas e religiões diferentes num mesmo governo pode ter sido a coisa mais natural do mundo para Trudeau - que importa tudo isso se há valor e competência? -, mas o mundo inteiro, canadianos incluídos, ficou surpreendido. E essa é mesmo a única coisa estranha, a surpresa que coisas tão naturais ainda nos causam. A sete mil quilómetros de distância, num dos cantos mais bairristas e tradicionais de Lisboa, talvez a escolha de Trudeau não tenha chocado tanto. Desde que ali voltaram a ser vizinhos, alfacinhas, imigrantes, refugiados, cristãos e muçulmanos reconstruíram a Mouraria. O velho fez-se novo, as casas abandonadas voltaram a ter famílias dentro, abriram lojas, restaurantes, mercearias, e as ruas voltaram a servir para lá passear gente. Há quem não esteja feliz - há sempre quem não esteja feliz - mas quase todos reconhecem que a mudança foi positiva.
O bairro de que muitos lisboetas já só se lembravam quando era noite de Santos ou queriam ouvir cantar o fado voltou a viver. O bairro da Mouraria não é o Canadá, e se num caso já se veem resultados, no outro ainda se vive em estado de graça, sem trabalho feito. Mas ambos servem de exemplo: igualdade é isto. É realmente muito simples.
Editorial
07 DE NOVEMBRO DE 2015
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
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