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A longo prazo
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A longo prazo
A Finlândia é o país onde há mais livros para crianças por habitante. Desde pequenos, os miúdos são incentivados a ler, a pensar, a imaginar. Nas escolas, além das disciplinas clássicas - línguas, matemática e afins -, ensina-se a gerir o dinheiro, a casa, a trabalhar em conjunto, a pensar. Os alunos são sensibilizados para temas relevantes não através de trabalhos copiados da internet mas com experiências levadas a cabo nas salas de aula, em cooperação, aprendendo por exemplo os efeitos do aquecimento global, em vez de terem de decorar matéria que apenas servirá para atestar os seus conhecimentos num teste, sendo depois para sempre esquecida.
O sistema educativo da Finlândia é apontado como um exemplo. O que não significa que deve ser copiado mas antes que ali se encontrou uma fórmula que dá aos miúdos finlandeses aquilo que é considerado essencial para se tornarem adultos conscientes, responsáveis, competentes. Mas este estatuto não foi gerado espontaneamente, foi sendo construído e aperfeiçoado ao longo de décadas. Em Portugal, a discussão continua a ser feita ao nível do número máximo de alunos que devem coexistir numa turma. Os objetivos, alterados de quatro em quatro anos, são variantes de como enfiar-lhes goela abaixo a maior quantidade de temas possíveis - não para que os compreendam mas para que sejam capazes de debitá-los frase por frase em sucessivos exames que servem muito mais para atestar as capacidades de memorização dos miúdos do que o seu desenvolvimento, capacidade de raciocínio e pensamento lógico.
Talvez algumas das reformas educativas que empreendemos tivessem valor, mas não é possível sabê-lo já que nenhuma durou tempo suficiente para que se medisse e avaliasse resultados. A educação é fundamental para o desenvolvimento de um país. O modo como formamos os miúdos resultará em melhores ou piores adultos - os efeitos excedem o mercado de trabalho, é a sociedade que estamos a formar. É preciso que nos comprometamos com um modelo pensado a longo prazo, adaptado à realidade em que vivemos, aberto ao mundo. E essa discussão não passa por acrescentar ou subtrair cadeiras de uma sala de aula.
Editorial
22 DE NOVEMBRO DE 2015
00:02
Joana Petiz
Diário de Notícias
O sistema educativo da Finlândia é apontado como um exemplo. O que não significa que deve ser copiado mas antes que ali se encontrou uma fórmula que dá aos miúdos finlandeses aquilo que é considerado essencial para se tornarem adultos conscientes, responsáveis, competentes. Mas este estatuto não foi gerado espontaneamente, foi sendo construído e aperfeiçoado ao longo de décadas. Em Portugal, a discussão continua a ser feita ao nível do número máximo de alunos que devem coexistir numa turma. Os objetivos, alterados de quatro em quatro anos, são variantes de como enfiar-lhes goela abaixo a maior quantidade de temas possíveis - não para que os compreendam mas para que sejam capazes de debitá-los frase por frase em sucessivos exames que servem muito mais para atestar as capacidades de memorização dos miúdos do que o seu desenvolvimento, capacidade de raciocínio e pensamento lógico.
Talvez algumas das reformas educativas que empreendemos tivessem valor, mas não é possível sabê-lo já que nenhuma durou tempo suficiente para que se medisse e avaliasse resultados. A educação é fundamental para o desenvolvimento de um país. O modo como formamos os miúdos resultará em melhores ou piores adultos - os efeitos excedem o mercado de trabalho, é a sociedade que estamos a formar. É preciso que nos comprometamos com um modelo pensado a longo prazo, adaptado à realidade em que vivemos, aberto ao mundo. E essa discussão não passa por acrescentar ou subtrair cadeiras de uma sala de aula.
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