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A história de um amor impossível a longo prazo
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A história de um amor impossível a longo prazo
É evidente que a maioria das pessoas genuinamente de esquerda gostou da solução de governo PS com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda.
Foi possível devolver rendimento às pessoas que viviam do seu trabalho dentro dos pesadíssimos constrangimentos da União Económica e Monetária. Mas não vale a pena tapar os olhos: o “fim da austeridade” não foi decretado porque agora PCP e Bloco de Esquerda dão suporte parlamentar à existência de um governo do Partido Socialista.
O espartilho europeu não permite, em nenhuma situação, acabar com a austeridade, como se viu nas recentes negociações com Bruxelas a propósito do Orçamento do Estado. A austeridade é um dogma na União Económica e Monetária como a ditadura do proletariado era nos velhos partidos marxistas. Costa acreditou na sua capacidade de persuasão, na “leitura inteligente” do Tratado Orçamental e nas boas intenções de Juncker expressas no seu primeiro discurso enquanto presidente da Comissão Europeia.
Esqueçam tudo: nem toda a sedução de Costa (que é muita) vai conseguir inverter o estado das coisas, nem Portugal consegue sair do défice excessivo para ter direito às coisas boas da leitura inteligente do Tratado Orçamental, nem Juncker tem poder, mesmo que quisesse, para fazer da Europa um paraíso de crescimento.
O documento aprovado pelo Bloco de Esquerda que publicamos nesta edição do i demonstra à saciedade como a geringonça é um amor impossível a longo (e talvez seja melhor dizer médio) prazo. O BE recusa – como o PCP rejeita – quaisquer novas cedências à Europa. E antevê grandes dificuldades na negociação do PEC e do Orçamento de 2017. E percebendo que isto pode não durar muito, já se está a preparar para o novo ciclo, tentando liderar “uma frente de esquerda”.
A grande característica dos amores impossíveis é serem mesmo impossíveis – e não há suficiente esquerda na Europa que chegue para rebentar o status quo.
19/02/2016
Ana Sá Lopes
Política
ana.lopes@ionline.pt
Jornal i
Foi possível devolver rendimento às pessoas que viviam do seu trabalho dentro dos pesadíssimos constrangimentos da União Económica e Monetária. Mas não vale a pena tapar os olhos: o “fim da austeridade” não foi decretado porque agora PCP e Bloco de Esquerda dão suporte parlamentar à existência de um governo do Partido Socialista.
O espartilho europeu não permite, em nenhuma situação, acabar com a austeridade, como se viu nas recentes negociações com Bruxelas a propósito do Orçamento do Estado. A austeridade é um dogma na União Económica e Monetária como a ditadura do proletariado era nos velhos partidos marxistas. Costa acreditou na sua capacidade de persuasão, na “leitura inteligente” do Tratado Orçamental e nas boas intenções de Juncker expressas no seu primeiro discurso enquanto presidente da Comissão Europeia.
Esqueçam tudo: nem toda a sedução de Costa (que é muita) vai conseguir inverter o estado das coisas, nem Portugal consegue sair do défice excessivo para ter direito às coisas boas da leitura inteligente do Tratado Orçamental, nem Juncker tem poder, mesmo que quisesse, para fazer da Europa um paraíso de crescimento.
O documento aprovado pelo Bloco de Esquerda que publicamos nesta edição do i demonstra à saciedade como a geringonça é um amor impossível a longo (e talvez seja melhor dizer médio) prazo. O BE recusa – como o PCP rejeita – quaisquer novas cedências à Europa. E antevê grandes dificuldades na negociação do PEC e do Orçamento de 2017. E percebendo que isto pode não durar muito, já se está a preparar para o novo ciclo, tentando liderar “uma frente de esquerda”.
A grande característica dos amores impossíveis é serem mesmo impossíveis – e não há suficiente esquerda na Europa que chegue para rebentar o status quo.
19/02/2016
Ana Sá Lopes
Política
ana.lopes@ionline.pt
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