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Do futuro
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Do futuro
É indispensável pôr datas nas palavras e coisas. Fazer uma linha ferroviária não é montar um lego no gabinete.
Trago às ‘Terras do Demo’ dois temas da atualidade. Em comum têm o facto de serem temas do futuro.
O primeiro é o da rede ferroviária. Portugal tem uma ferrovia obsoleta, insegura e ineficiente. É como um carro velho, que nos deixa a meio do caminho e reclama a cada passo novas peças. Não garante nem a mobilidade regional, nem a ligação aos portos, nem as nossas exportações a tempo e horas. É uma das causas do atraso do País. A linha da Beira Alta voltou a mostrar, pela enésima vez, a sua absoluta inviabilidade.
Sucedem-se os descarrilamentos, os feridos, as suspensões de serviço. Ontem, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, foi ao Norte prometer "desencravar" a ferrovia do futuro, confirmando (e bem) a aposta do anterior Governo. Acrescentou a promessa de executar "no atual ciclo político" a ligação entre Aveiro e Salamanca, elegendo-a como prioridade. Dentro de todas as opções, é a melhor.
É a que mais impulsionará o pulmão exportador (radicado no Centro-Norte) e a que mais favorece a coesão, ajudando a reequilibrar um país em plano inclinado para a capital. Não sei quanto durará o "atual ciclo político", e admito que nenhum ministro se atreva a dizê-lo. É por isso indispensável pôr datas nas palavras e nas coisas. Fazer uma linha ferroviária não é montar um lego no gabinete.
Segundo tema: as Presidenciais. Marcelo tornou-se o candidato-alvo e quase o assunto único da campanha. É assim quando a desigualdade entre concorrentes é um fosso intransponível. Do aristocrata desconhecido que é Nóvoa ao telúrico Tino de Rans, todos elegem Marcelo como adversário.
E contra ele vale tudo! É pena ver Portugal chegar a 42 anos de democracia com um debate tão pobre e este naipe de candidatos. Não há adversário para Marcelo em experiência, credibilidade, carisma e capacidade de diálogo. E a crítica "afirma sempre o criticado".
12.01.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
Trago às ‘Terras do Demo’ dois temas da atualidade. Em comum têm o facto de serem temas do futuro.
O primeiro é o da rede ferroviária. Portugal tem uma ferrovia obsoleta, insegura e ineficiente. É como um carro velho, que nos deixa a meio do caminho e reclama a cada passo novas peças. Não garante nem a mobilidade regional, nem a ligação aos portos, nem as nossas exportações a tempo e horas. É uma das causas do atraso do País. A linha da Beira Alta voltou a mostrar, pela enésima vez, a sua absoluta inviabilidade.
Sucedem-se os descarrilamentos, os feridos, as suspensões de serviço. Ontem, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, foi ao Norte prometer "desencravar" a ferrovia do futuro, confirmando (e bem) a aposta do anterior Governo. Acrescentou a promessa de executar "no atual ciclo político" a ligação entre Aveiro e Salamanca, elegendo-a como prioridade. Dentro de todas as opções, é a melhor.
É a que mais impulsionará o pulmão exportador (radicado no Centro-Norte) e a que mais favorece a coesão, ajudando a reequilibrar um país em plano inclinado para a capital. Não sei quanto durará o "atual ciclo político", e admito que nenhum ministro se atreva a dizê-lo. É por isso indispensável pôr datas nas palavras e nas coisas. Fazer uma linha ferroviária não é montar um lego no gabinete.
Segundo tema: as Presidenciais. Marcelo tornou-se o candidato-alvo e quase o assunto único da campanha. É assim quando a desigualdade entre concorrentes é um fosso intransponível. Do aristocrata desconhecido que é Nóvoa ao telúrico Tino de Rans, todos elegem Marcelo como adversário.
E contra ele vale tudo! É pena ver Portugal chegar a 42 anos de democracia com um debate tão pobre e este naipe de candidatos. Não há adversário para Marcelo em experiência, credibilidade, carisma e capacidade de diálogo. E a crítica "afirma sempre o criticado".
12.01.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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