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Já se está a ver o que isto vai dar
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Já se está a ver o que isto vai dar
A oferta desmedida de hotéis ameaça a galinha dos ovos de ouro chamada turismo.
A euforia parece não ter fim, mas investidores mais conscientes já fazem pragmáticas contas e questionam se não haverá hotéis a mais. O cidadão comum há muito tem essa perceção, basta estar atento às notícias ou percorrer as ruas de Lisboa ou do Porto para encontrar um número inusitado de edifícios catalogados com a indicação de uma futura ocupação como unidade hoteleira. Esta insensatez ainda vai dar mau resultado e não são necessários dotes de adivinho para antecipar um futuro feito de falências ilustradas com prédios entaipados e cobertos de coloridos gatafunhos.
Este ano está prevista a abertura de mais 29 hotéis, 13 deles localizados na capital. A saturação do mercado e os altos preços do terrenos – sim, quem vende também pretende ganhar a lotaria com a febre – provocaram uma queda no investimento; em 2015 tinham sido inauguradas 46 unidades hoteleiras. Prudente, o empresário José Roquette já alertou para o "efeito de correção do mercado, que não é capaz de absorver todos os hotéis construídos".
Os negócios à volta do turismo já levaram, aliás, as juntas de freguesia da Misericórdia, Santa Maria Maior, Santo António e São Vicente, em Lisboa, a exigirem à câmara e ao governo restrições à proliferação desenfreada de alojamento local, "um dos principais causadores da perda de população no centro histórico". Os autarcas dizem não admitir a troca de pessoas por mercadoria, pretendem legislação que limite a multiplicação sem regras dos alojamentos locais e da moda chamada ‘hostels’.
A oferta desmedida é uma séria ameaça à galinha dos ovos de ouro, ainda com hipóteses de sobrevivência. Acautele-se enquanto há tempo para depois não se lamentar o mal feito.
25.03.2016 00:30
PAULO FONTE
Chefe de Redação/Revistas
Correio da Manhã
A euforia parece não ter fim, mas investidores mais conscientes já fazem pragmáticas contas e questionam se não haverá hotéis a mais. O cidadão comum há muito tem essa perceção, basta estar atento às notícias ou percorrer as ruas de Lisboa ou do Porto para encontrar um número inusitado de edifícios catalogados com a indicação de uma futura ocupação como unidade hoteleira. Esta insensatez ainda vai dar mau resultado e não são necessários dotes de adivinho para antecipar um futuro feito de falências ilustradas com prédios entaipados e cobertos de coloridos gatafunhos.
Este ano está prevista a abertura de mais 29 hotéis, 13 deles localizados na capital. A saturação do mercado e os altos preços do terrenos – sim, quem vende também pretende ganhar a lotaria com a febre – provocaram uma queda no investimento; em 2015 tinham sido inauguradas 46 unidades hoteleiras. Prudente, o empresário José Roquette já alertou para o "efeito de correção do mercado, que não é capaz de absorver todos os hotéis construídos".
Os negócios à volta do turismo já levaram, aliás, as juntas de freguesia da Misericórdia, Santa Maria Maior, Santo António e São Vicente, em Lisboa, a exigirem à câmara e ao governo restrições à proliferação desenfreada de alojamento local, "um dos principais causadores da perda de população no centro histórico". Os autarcas dizem não admitir a troca de pessoas por mercadoria, pretendem legislação que limite a multiplicação sem regras dos alojamentos locais e da moda chamada ‘hostels’.
A oferta desmedida é uma séria ameaça à galinha dos ovos de ouro, ainda com hipóteses de sobrevivência. Acautele-se enquanto há tempo para depois não se lamentar o mal feito.
25.03.2016 00:30
PAULO FONTE
Chefe de Redação/Revistas
Correio da Manhã
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