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No Mercado Único está o futuro da UE
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No Mercado Único está o futuro da UE
Para se manter na vanguarda da civilização humana no século XXI, a UE deve ser mais solidária nas relações entre Estados-membros, mais democrática nas decisões políticas, mais competitiva na globalização económica e mais ambiciosa nas oportunidades para os jovens.
O euroceticismo está em alta em toda a Europa e não apenas numa Inglaterra tentada pelo ‘Brexit’. Vários fatores contribuem para esta crescente desconfiança em relação a Bruxelas, desde o défice democrático da União Europeia à crise de lideranças políticas, passando por divergências profundas entre os interesses dos países do norte e os países periféricos. Convém, contudo, que os europeus tenham memória e não encarem como irreformável um processo de integração que, por natureza, é um “work in progress”.
A União Europeia é a maior realização política, económica e social do século XX. Mas para se manter na vanguarda da civilização humana no século XXI, a UE deve ser mais solidária nas relações entre Estados-membros, mais democrática nas decisões políticas, mais competitiva na globalização económica e mais ambiciosa nas oportunidades para os jovens.
No capítulo socioeconómico, a chave para o futuro da UE está no aprofundamento do Mercado Único. Parece-me claro que um Mercado Único adaptado ao mundo de hoje vai certamente proporcionar maior mobilidade humana, melhores oportunidades profissionais, mais investimentos empresariais, maior acesso a bens e serviços e mais coesão social.
Neste sentido, creio que é fundamental simplificar e otimizar o enquadramento regulamentar em que operam as empresas no Mercado Único. A este nível, convém tornar mais simples, célere e económico o processo de criação de empresas pelos empreendedores europeus, independentemente da sua nacionalidade e do país onde investem. Por outro lado, é importante que o mercado interno de serviços seja expandido e cabalmente operacionalizado, de forma a maximizar as oportunidades de negócio que o setor encerra.
Parece-me também pertinente a remoção dos obstáculos que ainda se levantam à mobilidade laboral e académica, sendo esta última determinante para a avanço da Europa nas áreas da investigação aplicada, da inovação e da transferência de tecnologia.
Por fim, há que suprir a falta de competências informáticas na Europa, essencial para potenciar o mercado único digital. Com este objetivo, a União Europeia deve legislar no sentido da adequação dos cursos superiores aos empregos na área digital, bem como promover a certificação de competências à escala comunitária.
Segundo a Comissão Europeia, 41% das empresas europeias não utiliza qualquer tecnologia digital. Isto significa que um número significativo de PME não aproveita as potencialidades das tecnologias digitais, o que se reflete inevitavelmente na sua produtividade e competitividade. Mais: perante o rápido crescimento da chamada “internet das coisas”, há que aproveitar esta oportunidade histórica, talvez a última, de fazer avançar as principais indústrias europeias para a era digital e deste modo dar um forte impulso à recuperação económica da Europa.
Em suma, é preciso libertar todo o potencial do Mercado Único e fazer dele uma poderosa alavanca do crescimento socioeconómico da Europa.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
João Rafael Koehler, Presidente da ANJE
Económico
O euroceticismo está em alta em toda a Europa e não apenas numa Inglaterra tentada pelo ‘Brexit’. Vários fatores contribuem para esta crescente desconfiança em relação a Bruxelas, desde o défice democrático da União Europeia à crise de lideranças políticas, passando por divergências profundas entre os interesses dos países do norte e os países periféricos. Convém, contudo, que os europeus tenham memória e não encarem como irreformável um processo de integração que, por natureza, é um “work in progress”.
A União Europeia é a maior realização política, económica e social do século XX. Mas para se manter na vanguarda da civilização humana no século XXI, a UE deve ser mais solidária nas relações entre Estados-membros, mais democrática nas decisões políticas, mais competitiva na globalização económica e mais ambiciosa nas oportunidades para os jovens.
No capítulo socioeconómico, a chave para o futuro da UE está no aprofundamento do Mercado Único. Parece-me claro que um Mercado Único adaptado ao mundo de hoje vai certamente proporcionar maior mobilidade humana, melhores oportunidades profissionais, mais investimentos empresariais, maior acesso a bens e serviços e mais coesão social.
Neste sentido, creio que é fundamental simplificar e otimizar o enquadramento regulamentar em que operam as empresas no Mercado Único. A este nível, convém tornar mais simples, célere e económico o processo de criação de empresas pelos empreendedores europeus, independentemente da sua nacionalidade e do país onde investem. Por outro lado, é importante que o mercado interno de serviços seja expandido e cabalmente operacionalizado, de forma a maximizar as oportunidades de negócio que o setor encerra.
Parece-me também pertinente a remoção dos obstáculos que ainda se levantam à mobilidade laboral e académica, sendo esta última determinante para a avanço da Europa nas áreas da investigação aplicada, da inovação e da transferência de tecnologia.
Por fim, há que suprir a falta de competências informáticas na Europa, essencial para potenciar o mercado único digital. Com este objetivo, a União Europeia deve legislar no sentido da adequação dos cursos superiores aos empregos na área digital, bem como promover a certificação de competências à escala comunitária.
Segundo a Comissão Europeia, 41% das empresas europeias não utiliza qualquer tecnologia digital. Isto significa que um número significativo de PME não aproveita as potencialidades das tecnologias digitais, o que se reflete inevitavelmente na sua produtividade e competitividade. Mais: perante o rápido crescimento da chamada “internet das coisas”, há que aproveitar esta oportunidade histórica, talvez a última, de fazer avançar as principais indústrias europeias para a era digital e deste modo dar um forte impulso à recuperação económica da Europa.
Em suma, é preciso libertar todo o potencial do Mercado Único e fazer dele uma poderosa alavanca do crescimento socioeconómico da Europa.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
João Rafael Koehler, Presidente da ANJE
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