Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 88 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 88 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
A invasão pacífica dos chineses
Página 1 de 1
A invasão pacífica dos chineses
A disputar espaço aos comentários sobre a vitória de Donald Trump nas eleições para a presidência dos Estados Unidos apareceu, entre outras, uma notícia a revelar que os chineses foram, em 2015, os principais investidores no setor imobiliário dos EUA. Não é só em Portugal que os chineses mostram interesse em adquirir ativos seguros.
A notícia revela que, nos últimos cinco anos, o fluxo do investimento chinês em propriedade residencial e comercial norte-americana superou os cem mil milhões de dólares, prevendo-se que duplique nos próximos cinco anos, ou seja, que ultrapasse os 200 mil milhões de dólares, valor cuja dimensão é mais visível se for revelado de forma mista: 200 000 milhões de dólares.
Estes valores, constantes num estudo desenvolvido pela Asia Society, uma organização não governamental, e pela Rosen Consulting Group, uma consultora que opera no setor, sublinha que o investimento chinês é muito elevado, mas também se distribui praticamente por todos os segmentos do mercado imobiliário, residencial incluído – isto mesmo ignorando os investimentos chineses feitos por grandes empresas e por fundos de investimentos da própria China como, por exemplo, a Anbang, que há dois anos quis comprar o Novo Banco em Portugal e que comprou o Nova Iorque Waldorf Astoria, um dos mais conhecidos hotéis da cidade, por quase dois mil milhões de dólares.
Na China como em Portugal, segundo revelações do estudo que tenho vindo a citar, por referências de terceiros, nomeadamente da imprensa, a vontade de canalizar poupanças para o imobiliário é dominante até entre o pequeno investidor chinês, relativamente falando, que aposta no imobiliário residencial e numa segunda residência e autorização de residência no estrangeiro.
Por tudo isto, só posso sublinhar que a capacidade de investimento dos chineses é tão grande que poderá manter o nível de investimentos no setor em Portugal a médio e a longo prazo, mesmo que outras nacionalidades venham a retrair-se nesta procura dos nossos ativos mais seguros.
Cidades como Guimarães, Viseu, Aveiro, Beja, Évora, Coimbra, para citar algumas cidades portuguesas, que não Lisboa e Porto, que possuem ativos históricos de grande interesse, também podem vir a beneficiar do interesse chinês em investir no imobiliário.
Claro que isto só ocorrerá se se resolver o problema dos atrasos nos processos de concessão e renovação dos vistos gold associados ao investimento imobiliário, atrasos burocráticos que afugentam investidores de países de fora da União Europeia e sujam a nossa própria reputação de país aberto ao investidor externo.
Num quadro também marcado pela desvalorização da moeda chinesa, o yuan, face ao dólar norte-americano, esta vontade de comprar ativos no estrangeiro é ainda mais forte. Nós sabemo-lo como poucos, pois quase 90% (em rigor, 87%) dos estrangeiros que pedem autorização de residência em Portugal por via do investimento imobiliário são chineses.
Presidente da APEMIP
14/11/2016
Luís Lima
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
A notícia revela que, nos últimos cinco anos, o fluxo do investimento chinês em propriedade residencial e comercial norte-americana superou os cem mil milhões de dólares, prevendo-se que duplique nos próximos cinco anos, ou seja, que ultrapasse os 200 mil milhões de dólares, valor cuja dimensão é mais visível se for revelado de forma mista: 200 000 milhões de dólares.
Estes valores, constantes num estudo desenvolvido pela Asia Society, uma organização não governamental, e pela Rosen Consulting Group, uma consultora que opera no setor, sublinha que o investimento chinês é muito elevado, mas também se distribui praticamente por todos os segmentos do mercado imobiliário, residencial incluído – isto mesmo ignorando os investimentos chineses feitos por grandes empresas e por fundos de investimentos da própria China como, por exemplo, a Anbang, que há dois anos quis comprar o Novo Banco em Portugal e que comprou o Nova Iorque Waldorf Astoria, um dos mais conhecidos hotéis da cidade, por quase dois mil milhões de dólares.
Na China como em Portugal, segundo revelações do estudo que tenho vindo a citar, por referências de terceiros, nomeadamente da imprensa, a vontade de canalizar poupanças para o imobiliário é dominante até entre o pequeno investidor chinês, relativamente falando, que aposta no imobiliário residencial e numa segunda residência e autorização de residência no estrangeiro.
Por tudo isto, só posso sublinhar que a capacidade de investimento dos chineses é tão grande que poderá manter o nível de investimentos no setor em Portugal a médio e a longo prazo, mesmo que outras nacionalidades venham a retrair-se nesta procura dos nossos ativos mais seguros.
Cidades como Guimarães, Viseu, Aveiro, Beja, Évora, Coimbra, para citar algumas cidades portuguesas, que não Lisboa e Porto, que possuem ativos históricos de grande interesse, também podem vir a beneficiar do interesse chinês em investir no imobiliário.
Claro que isto só ocorrerá se se resolver o problema dos atrasos nos processos de concessão e renovação dos vistos gold associados ao investimento imobiliário, atrasos burocráticos que afugentam investidores de países de fora da União Europeia e sujam a nossa própria reputação de país aberto ao investidor externo.
Num quadro também marcado pela desvalorização da moeda chinesa, o yuan, face ao dólar norte-americano, esta vontade de comprar ativos no estrangeiro é ainda mais forte. Nós sabemo-lo como poucos, pois quase 90% (em rigor, 87%) dos estrangeiros que pedem autorização de residência em Portugal por via do investimento imobiliário são chineses.
Presidente da APEMIP
14/11/2016
Luís Lima
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin