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Novo Banco, velho problema
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Novo Banco, velho problema
Vamos ter de pagar para nos livrarmos do Novo Banco. É a primeira e a única certeza de todo este processo. A questão é se pagamos muito agora e, de caminho, arriscamos o desmantelamento do terceiro banco nacional, ou se paramos para pensar e vendemos com menos perdas e menos riscos para o sistema daqui por uns tempos.
A nacionalização do chamado banco bom saído do antigo BES - que entretanto já teve direito a um nada benigno bail-in de dois mil milhões com penalização de credores seniores - está a ganhar corpo, mas não é uma ideia nova. Vítor Bento, o último presidente do BES e primeiro do Novo Banco, afirmou no início do ano passado que valia a pena pensar no assunto, num cenário de consolidação do sistema bancário. Pouco depois, Manuela Ferreira Leite retomou o tema, como proposta de reação contra a "espanholização" da banca. Já neste ano, o ministro das Finanças não descartou essa saída e afastou mesmo a hipótese de liquidação, em entrevista ao DN e TSF. Já nesta semana, o porta-voz socialista, João Galamba, assumiu a defesa da solução em declarações ao DN, argumentando que é a única forma de não acrescentar custos à operação e de vender o Novo Banco com alguma tranquilidade.
A questão é que a nacionalização é uma corrida de obstáculos políticos. Primeiro há que convencer Bruxelas - Comissão e Direção-Geral da Concorrência - de que o caminho para o Novo Banco passa por uma solução que não faz parte sequer do acordo firmado entre o governo português e as autoridades europeias. Depois, mais importante, convencer a Comissão de que esta solução não comporta ajudas do Estado. Internamente, seria preciso uma bela dose de retórica política. Primeiro para "vender" aos portugueses a ideia de mais um banco a entrar para a esfera do Estado, com custos para os contribuintes, na sequência de casos como o BPN; depois para justificar uma operação destas, com impacto no défice e na dívida, no preciso momento em que o país tem à vista a saída do procedimento por défice excessivo.
Uma última questão tem que ver com responsabilidades. Como chegámos a janeiro de 2015 com duas péssimas propostas para a compra do Novo Banco? Como é que chegámos a um ponto em que só nos resta escolher entre uma morte lenta ou uma morte súbita?
11 DE JANEIRO DE 2017
00:05
Paulo Tavares
Diário de Notícias
A nacionalização do chamado banco bom saído do antigo BES - que entretanto já teve direito a um nada benigno bail-in de dois mil milhões com penalização de credores seniores - está a ganhar corpo, mas não é uma ideia nova. Vítor Bento, o último presidente do BES e primeiro do Novo Banco, afirmou no início do ano passado que valia a pena pensar no assunto, num cenário de consolidação do sistema bancário. Pouco depois, Manuela Ferreira Leite retomou o tema, como proposta de reação contra a "espanholização" da banca. Já neste ano, o ministro das Finanças não descartou essa saída e afastou mesmo a hipótese de liquidação, em entrevista ao DN e TSF. Já nesta semana, o porta-voz socialista, João Galamba, assumiu a defesa da solução em declarações ao DN, argumentando que é a única forma de não acrescentar custos à operação e de vender o Novo Banco com alguma tranquilidade.
A questão é que a nacionalização é uma corrida de obstáculos políticos. Primeiro há que convencer Bruxelas - Comissão e Direção-Geral da Concorrência - de que o caminho para o Novo Banco passa por uma solução que não faz parte sequer do acordo firmado entre o governo português e as autoridades europeias. Depois, mais importante, convencer a Comissão de que esta solução não comporta ajudas do Estado. Internamente, seria preciso uma bela dose de retórica política. Primeiro para "vender" aos portugueses a ideia de mais um banco a entrar para a esfera do Estado, com custos para os contribuintes, na sequência de casos como o BPN; depois para justificar uma operação destas, com impacto no défice e na dívida, no preciso momento em que o país tem à vista a saída do procedimento por défice excessivo.
Uma última questão tem que ver com responsabilidades. Como chegámos a janeiro de 2015 com duas péssimas propostas para a compra do Novo Banco? Como é que chegámos a um ponto em que só nos resta escolher entre uma morte lenta ou uma morte súbita?
11 DE JANEIRO DE 2017
00:05
Paulo Tavares
Diário de Notícias
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