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Tempo velho
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Tempo velho
Vamos a caminho de 2016 com mudanças, que parecem radicais, na nossa vida. Acabou-se a tradição de governar quem ganha as eleições e com isso transformaram-se bancadas de protesto em bancadas de solução. Óptimo. Foi suspenso o bloco central e com isso acabaram-se as negociatas em circuito fechado para o Conselho de Estado e restantes organismos públicos dependentes de votação no Parlamento. Óptimo. No fundo, acabou-se a alternância e criou-se uma alternativa. Óptimo. Mas sendo tudo tão bom, porque é que parece que nada muda?
Não muda a palavra dada, palavra honrada, porque nos prometeram (PCP e Bloco) o fim da sobretaxa já em 2016, ou metade em 2016 e a outra metade em 2017 (PS), mas a classe média vai continuar a pagá-la na totalidade no próximo ano. Como não muda a demagogia com que se anuncia o fim da sobretaxa para os rendimentos inferiores a sete mil euros, que já não pagavam. O que termina é o empréstimo que faziam ao Estado e que lhes era devolvido no ano seguinte. Não muda o desprezo pelos cidadãos de uma Procuradoria-Geral da República que é acusada por um ex-primeiro-ministro de ter utilizado um processo judicial para fins políticos, ao serviço da direita, e nada diz nem nada faz. No mínimo tinha de mover um processo por difamação ao ex-líder do PS. Não muda a actuação dos sindicatos afectos à CGTP, que não reconhecem valor ao diálogo e à concertação e insistem em tudo resolver com greves que afectam sobretudo os restantes trabalhadores. Não muda a tradição de cada governo ter um banco para resolver. O governo de Sócrates teve o BPN, o de Passos teve o BES e o de Costa tem o Banif. Como não muda a tradição de que a resolução seja sempre mais pesada para os contribuintes do que para os accionistas. E o que menos muda é a ideia de que ser de esquerda é defender tudo o que for Estado, a qualquer custo, dando às pazadas à função pública o que com o aspirador se suga à iniciativa privada.
E, julgando nós estar a viver um tempo novo, podemos estar cientes de que da Europa sopram velhos ventos. Cito o título do Diário Económico desta sexta-feira: "Bruxelas não vê margem para Portugal estimular a economia." No primeiro relatório que a Comissão Europeia faz sobre os planos do novo governo socialista lá estão os técnicos da dita comissão a recordar que os objectivos de estimular a economia e equilibrar as contas públicas "entram em conflito". Onde? Na Grécia. E... em Portugal. Adivinha-se um caderno de encargos com medidas que compensem as medidas das esquerdas para a função pública. Cheira a mofo, pagarão os mesmos de sempre, os que trabalham no privado e pagam impostos. Porque ter emprego com um salário médio europeu, em Portugal, é ser rico.
20 DE DEZEMBRO DE 2015
00:03
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
Não muda a palavra dada, palavra honrada, porque nos prometeram (PCP e Bloco) o fim da sobretaxa já em 2016, ou metade em 2016 e a outra metade em 2017 (PS), mas a classe média vai continuar a pagá-la na totalidade no próximo ano. Como não muda a demagogia com que se anuncia o fim da sobretaxa para os rendimentos inferiores a sete mil euros, que já não pagavam. O que termina é o empréstimo que faziam ao Estado e que lhes era devolvido no ano seguinte. Não muda o desprezo pelos cidadãos de uma Procuradoria-Geral da República que é acusada por um ex-primeiro-ministro de ter utilizado um processo judicial para fins políticos, ao serviço da direita, e nada diz nem nada faz. No mínimo tinha de mover um processo por difamação ao ex-líder do PS. Não muda a actuação dos sindicatos afectos à CGTP, que não reconhecem valor ao diálogo e à concertação e insistem em tudo resolver com greves que afectam sobretudo os restantes trabalhadores. Não muda a tradição de cada governo ter um banco para resolver. O governo de Sócrates teve o BPN, o de Passos teve o BES e o de Costa tem o Banif. Como não muda a tradição de que a resolução seja sempre mais pesada para os contribuintes do que para os accionistas. E o que menos muda é a ideia de que ser de esquerda é defender tudo o que for Estado, a qualquer custo, dando às pazadas à função pública o que com o aspirador se suga à iniciativa privada.
E, julgando nós estar a viver um tempo novo, podemos estar cientes de que da Europa sopram velhos ventos. Cito o título do Diário Económico desta sexta-feira: "Bruxelas não vê margem para Portugal estimular a economia." No primeiro relatório que a Comissão Europeia faz sobre os planos do novo governo socialista lá estão os técnicos da dita comissão a recordar que os objectivos de estimular a economia e equilibrar as contas públicas "entram em conflito". Onde? Na Grécia. E... em Portugal. Adivinha-se um caderno de encargos com medidas que compensem as medidas das esquerdas para a função pública. Cheira a mofo, pagarão os mesmos de sempre, os que trabalham no privado e pagam impostos. Porque ter emprego com um salário médio europeu, em Portugal, é ser rico.
20 DE DEZEMBRO DE 2015
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Paulo Baldaia
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