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A saga dos parcómetros continua
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A saga dos parcómetros continua
Esta semana tomei conhecimento de mais algumas situações relacionadas com os parcómetros do Porto que confirmam tudo o que disse sobre os mesmos: longe de terem uma lógica reguladora do estacionamento e da mobilidade no Porto, baseiam-se na lógica dos "caça níqueis". Com a agravante de estarmos a pagar, no estacionamento, os lucros de uma empresa privada...
Primeiro caso: um amigo estacionou na Avenida da Boavista ao final da tarde do dia de Carnaval. Na sua inocência, não tendo trabalhado nesse dia porque a sua empresa deu tolerância de ponto (tal como a Câmara Municipal do Porto e a generalidade das entidades públicas e privadas!), pensou que o dia de Carnaval não era "dia útil". Tramou-se! A zelosa empresa privada que fiscaliza os parcómetros aplicou-lhe, às 19.31 horas desse dia, uma multa! Bem sei que a legitimidade dessa multa é discutível (porque os funcionários dessa empresa privada, na generalidade não as podem aplicar). Mas o que está aqui em causa é a evidência de que os parcómetros são geridos numa lógica do lucro, pouco importando para a regularização do estacionamento. É que no dia de Carnaval não era necessário assegurar qualquer rotatividade no estacionamento de uma cidade praticamente deserta. E considerar como "útil" esse dia, como se diz cá na terra, "só cabe na cabeça de um tinhoso"...
Segundo caso: o vereador Manuel Pizarro que, no tempo de Rui Rio era contra o negócio dos parcómetros (dizia ele que a anulação do concurso de privatização por Rio era "uma felicidade que se abateu sobre o povo do Porto") mas que, tendo aceitado um pelouro de Rui Moreira, passou a ser um indefetível defensor do mesmo, escreveu uma carta aos moradores do Bairro Pinheiro Torres (Lordelo do Ouro). Diz ele que o estacionamento no interior do bairro se tornou um inferno pelo que a Câmara pensa instalar no seu interior parcómetros! Ou seja, e como acontece um pouco por toda a cidade, os automobilistas, fugindo ao pagamento nos parcómetros, estacionam nos locais onde os mesmos não existem - e o interior do Bairro Pinheiro Torres será um destes casos. Solução para estes iluminados: alargar a colocação dos parcómetros a estas zonas. Talvez, depois de o fazerem, e perante a fuga dos automobilistas para um qualquer outro bairro contíguo, a Câmara decida, também, colocar parcómetros neste bairro. E assim sucessivamente, até toda a cidade estar coberta por estas maquinetas que, em tempos, apelidei de Moreirómetros...
Repito: os parcómetros podem, em algumas situações, ser instrumentos úteis para regular o estacionamento. Mas, como se vê por estes exemplos, a lógica de instalação de parcómetros no Porto é o lucro. Por isso, segundo dados da Câmara, são já 7403 os parcómetros instalados no Porto (muito mais do que os prometidos 6 mil aquando da abertura da concessão). E que, pelo andar da carruagem, vão aumentar nos próximos tempos...
* ENGENHEIRO
Rui Sá
Hoje às 00:00
Jornal de Notícias
Primeiro caso: um amigo estacionou na Avenida da Boavista ao final da tarde do dia de Carnaval. Na sua inocência, não tendo trabalhado nesse dia porque a sua empresa deu tolerância de ponto (tal como a Câmara Municipal do Porto e a generalidade das entidades públicas e privadas!), pensou que o dia de Carnaval não era "dia útil". Tramou-se! A zelosa empresa privada que fiscaliza os parcómetros aplicou-lhe, às 19.31 horas desse dia, uma multa! Bem sei que a legitimidade dessa multa é discutível (porque os funcionários dessa empresa privada, na generalidade não as podem aplicar). Mas o que está aqui em causa é a evidência de que os parcómetros são geridos numa lógica do lucro, pouco importando para a regularização do estacionamento. É que no dia de Carnaval não era necessário assegurar qualquer rotatividade no estacionamento de uma cidade praticamente deserta. E considerar como "útil" esse dia, como se diz cá na terra, "só cabe na cabeça de um tinhoso"...
Segundo caso: o vereador Manuel Pizarro que, no tempo de Rui Rio era contra o negócio dos parcómetros (dizia ele que a anulação do concurso de privatização por Rio era "uma felicidade que se abateu sobre o povo do Porto") mas que, tendo aceitado um pelouro de Rui Moreira, passou a ser um indefetível defensor do mesmo, escreveu uma carta aos moradores do Bairro Pinheiro Torres (Lordelo do Ouro). Diz ele que o estacionamento no interior do bairro se tornou um inferno pelo que a Câmara pensa instalar no seu interior parcómetros! Ou seja, e como acontece um pouco por toda a cidade, os automobilistas, fugindo ao pagamento nos parcómetros, estacionam nos locais onde os mesmos não existem - e o interior do Bairro Pinheiro Torres será um destes casos. Solução para estes iluminados: alargar a colocação dos parcómetros a estas zonas. Talvez, depois de o fazerem, e perante a fuga dos automobilistas para um qualquer outro bairro contíguo, a Câmara decida, também, colocar parcómetros neste bairro. E assim sucessivamente, até toda a cidade estar coberta por estas maquinetas que, em tempos, apelidei de Moreirómetros...
Repito: os parcómetros podem, em algumas situações, ser instrumentos úteis para regular o estacionamento. Mas, como se vê por estes exemplos, a lógica de instalação de parcómetros no Porto é o lucro. Por isso, segundo dados da Câmara, são já 7403 os parcómetros instalados no Porto (muito mais do que os prometidos 6 mil aquando da abertura da concessão). E que, pelo andar da carruagem, vão aumentar nos próximos tempos...
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