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Política Municipal

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Mensagem por Admin Qua Nov 05, 2014 11:20 pm

Política Municipal 391775

Não sendo intuito desta crónica imiscuir-se em temáticas políticas nem tomar partido por quem quer que seja, acho fundamental - para que se possa discutir os melhores espaços para eventos, os sítios da moda e as tendências em voga - falar-se da estratégia camarária que define (ou não) os caminhos e o sucesso a eles inerentes. Mas vamos por partes.

"Por mim coloríamos a cidade com ruas rosas, amarelas, azuis e verdes, mas já que não é possível pedir tanto, pelo menos que se trate de uma vez por todas de criar condições para que Lisboa possa prosseguir o seu crescimento"
É importante começar por perceber que existem duas sensibilidades que se encontram quase sempre de costas voltadas e que ambas não podem ser ignoradas. Os moradores que merecem ter condições para viver no espaço que adquiriram com tranquilidade e qualidade; e os que gostam de se divertir, de sair para beber um copo (sejam locais ou turistas) ou os que fazem disso negócio para viver. Também a isto se chama turismo e, ao contrário do que se possa pensar, também por esta oferta nocturna somos procurados por tantos.

Como dizia, e bem, um amigo meu: “Os bairros não nasceram residenciais, de escritórios ou mundanos”. Pode e deve existir espaço para todos, logicamente com peso conta e medida, mas não se pode estrangular tudo aquilo que temos construído só porque em qualquer zona que se abra uma casa nocturna exista um morador a queixar-se do ruído. O que mais me preocupa é, no entanto, a falta de estratégia a que temos assistido, prejudicando os negócios de quem apostou em zonas supostamente demarcadas como áreas de entretenimento. Até consigo entender que se tenha restringido o horário do emblemático Bairro Alto e que se tente levar este tipo de negócios para o rio, mais longe dos moradores, mas então porquê a inversão de posicionamento e a aposta numa rua Cor-de-Rosa que se tornou um sucesso? Numa rua que outrora era 'uma zona de prostituição, pejada de escritórios alfandegários com as suas lojas transformadas em bares de alterne, com nomes de rotas marítimas'. Porquê inverter novamente o conceito?

Uma cidade referenciada em todos os guias e publicações internacionais, muito à custa da restauração, podia e devia zelar muito mais por ela. Em vez do 'hoje é verdade, amanhã é mentira', que cria instabilidade nos empresários e desconfiança em quem nos visita, deviam preocupar-se em definir procedimentos, melhorar a segurança e a limpeza e não permitir que a uns tudo seja permitido e a outros tudo seja exigido.

Por mim coloríamos a cidade com ruas rosas, amarelas, azuis e verdes, mas já que não é possível pedir tanto, pelo menos que se trate de uma vez por todas de criar condições para que Lisboa possa prosseguir o seu crescimento. Quem sabe criando três zonas distintas como o LxFactory, o Jardim do Tabaco e o Cais do Sodré. Agora que estamos 'Na Linha da Frente', e que tanto nos custou a cá chegar, é urgente termos uma política que acompanhe 'a nossa sorte'. 

Sugestões:
 Clube: SKY ROOM (Ribeirão Preto, Brasil)
Música: Voicemail (Original Mix) - Green Velvet
 L'Esperanza (Ame Reinterpretation) - Ame, Sven Vath

 José Paulo do Carmo | 05/11/2014 19:15:32 
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