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Regresso ou futuro?
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Regresso ou futuro?
Quarenta anos depois, a geração revolucionária transformou-se na geração reaccionária. Defende o passado para a manutenção do bem presente sem grande preocupação com o futuro
Até Abril de 1974, Portugal foi país grande com comportamento de pequeno. Apesar da sua impressionante pegada ultramarina, a nação vivia enclausurada sobre si mesma, asfixiada por uma ditadura. Isto durou 48 anos. Com a Revolução dos Cravos, esta velha ordem é desmantelada pelos militares e por um grupo de jovens idealistas. Rompendo heroicamente com o passado, esta nova geração, que terá sempre um lugar na história (e o nosso respeito), toma conta dos destinos do país. A sua acção de-senvolve-se como se o horizonte do país fosse uma tela em branco onde sobressaem as cores da democracia, da liberdade e da igualdade.
Quando hoje se usa o argumento geracional para criticar o governo, é interessante olhar para trás e ver que um dos momentos fundacionais do regime, a Constituinte de 76, foi protagonizado por gente muito jovem. Mas o que surpreende quando olhamos para alguns desses nomes da Constituinte, e para muitos outros para além dela, não é tanto terem feito parte de um momento definidor quando eram jovens. Espanta é muitos deles terem perpetuado a sua presença no espaço político e económico. Chegaram com a Revolução, instalaram-se em lugares-chave nos partidos e nas organizações e entram e saem da política e dos negócios consoante as conveniências pessoais. Fizeram-se leis que protegem empresas e sectores da concorrência, decidiram-se obras faraónicas em favor de certos grupos mas em prejuízo dos portugueses e turvou-se a separação entre o público e o privado. Criaram-se novos amos numa terra que pensava ter-se visto livre deles. Abril ficou por cumprir.
Quarenta anos depois, a geração revolucionária transformou-se na geração reaccionária. Defende o passado para a manutenção do bem presente sem grande preocupação com o futuro. Esta realidade tem sido particularmente dura para a geração dos sub-25 de Abril - aqueles que, tendo nascido depois 60, por uma questão óbvia, não têm a experiência política da luta revolucionária mas estão a pagar as consequências (até quando será possível manter esta relação?) dos erros que outros lhes legaram.
Como se o tempo tivesse paradoxalmente mudado as vontades (com honrosas excepções), têm sido os renovadores de ontem a travar a mudança de hoje, têm sido os libertários de ontem a bloquear a democratização das oportunidades de hoje. A única explicação que encontro é que na cabeça dessas pessoas talvez a revolução nunca tenha realmente acabado. Se assim é, a ordem que substituiu o Estado Novo está a chegar ao fim - como diagnosticou o "Financial Times", "a velha ordem" perdeu o domínio do país.
Portugal está a regenerar-se. Está em marcha um movimento de redemocratização da democracia e da economia. Este movimento libertador (devemos antes chamar-lhe revolucionário?) do país e dos portugueses é inseparável da acção política de Pedro Passos Coelho. Em contraponto com a fase precedente, neste novo ciclo da vida democrática portuguesa "os donos do país são os portugueses".
2015 é ano de legislativas. Eleições críticas para o futuro do país. As opções dos eleitores são cada vez mais claras: ou o regresso à "velha ordem", liderada pelo Partido Socialista e por António Costa, que está altamente condicionado pelas figuras desse sistema caduco, e isto implica retomar o caminho que nos trouxe à miséria e à intervenção do FMI, ou o aprofundamento deste novo ciclo de regeneração preconizado por Pedro Passos Coelho, em que cada português tem uma hipótese justa de construir o seu projecto de felicidade. Com mais empresas a nascer, a exportar, criar postos de trabalho, a gerar receita fiscal, os méritos deste caminho já dão frutos. Passos Coelho só é conservador no campo da consolidação orçamental. Em tudo o resto, é ele o interprete da revolução de que o país precisa. "Regresso ou Futuro?", o tema do congresso da JSD, resume o que vai estar em jogo nas próximas eleições. Os sub-25 de Abril só têm uma opção. E quanto mais novos são, mais óbvia fica a escolha: o futuro é liderado por Passos Coelho.
Escreve à quarta-feira
Por Carlos Carreiras
publicado em 17 Dez 2014 - 08:00
Jornal i
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