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A ideologia e os números
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A ideologia e os números
Olhar apenas para os números é reduzir as democracias a folhas de cálculo, sim, mas a construção das democracias de forma sustentada exige que os números do Excel batam certo.
O anunciado confronto do Syriza com o modelo de construção da Europa está centrado em muita discussão política e ideológica - e percebe-se -, mas quase nada sustentado nos números do que é hoje a relação financeira entre gregos e credores, quase exclusivamente oficiais.
É evidente que há um problema político na Europa - e a construção de uma aliança entre a Grécia e a Rússia deve ser levada a sério -, é evidente que os eleitores/contribuintes gregos têm de perceber o que está em causa, como os eleitores/contribuintes europeus devem estar dispostos a fazer as concessões necessárias para recuperar a Grécia para a construção da Europa. Olhar apenas para os números é reduzir as democracias a folhas de cálculo, sim, mas a construção das democracias de forma sustentada exige que os números do Excel batam certo.
A discussão está sobretudo centrada na renegociação da dívida pública, mas saberão todos o que está mesmo em causa? Leiam o trabalho de Bruno Faria Lopes hoje no Económico. No papel, o peso absoluto dos juros da dívida pública grega na economia é de 4,3%, mas, por causa de outros instrumentos, na verdade, o peso dos juros é de apenas 2,6%, ou seja, metade do que é suportado hoje pelos contribuintes portugueses.
Outro exemplo: depois do perdão já feito, as verbas do segundo resgate pagam praticamente 0% de juros e as do primeiro têm moratória, e só começaram a ser pagas a partir de 2020. Afinal, a renegociação da dívida resolverá todos os problemas dos gregos?
A Europa não vai aceitar novos perdões, mas estará sempre disponível para estender prazos e, até, para ceder fundos a um custo mais baixo do que aquele que é feito pelo FMI, e daí resultarão poupanças. Isto se o Syriza, o novo Governo grego, estiver disponível, por exemplo, para a reforma fiscal ou do Estado. E os sinais são muito negativos, apesar da alegria com que foram recebidas as primeiras decisões de Alexis Tsipras. Com tanto ou mais entusiasmo fora da Grécia, por razões puramente tácticas e partidárias.
António Costa
30/01/15 14:20 h
Económico
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