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Austeridade necessária
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Austeridade necessária
Austeridade como disse Portas há uns anos, é um autêntico bombardeamento fiscal.
Ainda que o contexto seja hoje outro, continuaram incompreensivelmente esquecidas reformas importantes e restou-nos manter a solução no aumento brutal de impostos. É um facto.
Não podemos no entanto ser ingénuos. Nunca os países conseguirão saldar as suas dívidas. Na verdade, os níveis de dívida estão mesmo a piorar. À medida que se reduz o crescimento, atenuam-se igualmente as possibilidades de pagamento da dívida. É um facto que martiriza esta Europa, teimosa em não querer ver além da estrita aplicação limitativa das medidas de austeridade.
Despertam sinais enormes de quebra da confiança nas instituições e ciclos económicos fracos que confirmam um investimento escasso e uma economia que não cresceu ou cresceu nada. Ao que somamos um aumento do desemprego para patamares nunca antes registados, nomeadamente nos países do sul e periferia da Europa. Elementos suficientes para diabolizar os esforços de recuperação, obrigatoriamente assentes em pressupostos que deveriam ser os da redução da despesa.
Assim a necessidade de intervenção num dos sectores mais delicados do Estado, como seja o sector da banca, deixa muitos ainda reticentes. Despreza-se a figura do supervisor bancário e exige-se ao Estado que intervenha na Saúde, na Educação mas nunca no sector financeiro, salvando bancos se necessário for.
Ao argumento - errado - da infinidade de recursos do Estado para intervir em todos os sectores opõe-se a incompreensão de que estes mesmos recursos sejam usados para reposição da estabilidade da banca. O Estado tem de melhorar o ensino, reduzir filas de espera nas urgências, velar pelo cumprimento dos pagamentos das pensões mas nunca intervir na banca.
Desta forma, mais do que salvar os bancos, pede-se que a austeridade seja solidária permitindo-nos reduzir sacrifícios ainda maiores do que decidir não intervir no sector em causa. Poderemos continuar a ignorar o desafio da estabilidade do sistema financeiro mas teremos inegavelmente um custo muito superior ao deixar que a banca se afunde perante a nossa estranha passividade e recusa de intervenção.
João Pedro Lopes
00.04 h
Económico
Ainda que o contexto seja hoje outro, continuaram incompreensivelmente esquecidas reformas importantes e restou-nos manter a solução no aumento brutal de impostos. É um facto.
Não podemos no entanto ser ingénuos. Nunca os países conseguirão saldar as suas dívidas. Na verdade, os níveis de dívida estão mesmo a piorar. À medida que se reduz o crescimento, atenuam-se igualmente as possibilidades de pagamento da dívida. É um facto que martiriza esta Europa, teimosa em não querer ver além da estrita aplicação limitativa das medidas de austeridade.
Despertam sinais enormes de quebra da confiança nas instituições e ciclos económicos fracos que confirmam um investimento escasso e uma economia que não cresceu ou cresceu nada. Ao que somamos um aumento do desemprego para patamares nunca antes registados, nomeadamente nos países do sul e periferia da Europa. Elementos suficientes para diabolizar os esforços de recuperação, obrigatoriamente assentes em pressupostos que deveriam ser os da redução da despesa.
Assim a necessidade de intervenção num dos sectores mais delicados do Estado, como seja o sector da banca, deixa muitos ainda reticentes. Despreza-se a figura do supervisor bancário e exige-se ao Estado que intervenha na Saúde, na Educação mas nunca no sector financeiro, salvando bancos se necessário for.
Ao argumento - errado - da infinidade de recursos do Estado para intervir em todos os sectores opõe-se a incompreensão de que estes mesmos recursos sejam usados para reposição da estabilidade da banca. O Estado tem de melhorar o ensino, reduzir filas de espera nas urgências, velar pelo cumprimento dos pagamentos das pensões mas nunca intervir na banca.
Desta forma, mais do que salvar os bancos, pede-se que a austeridade seja solidária permitindo-nos reduzir sacrifícios ainda maiores do que decidir não intervir no sector em causa. Poderemos continuar a ignorar o desafio da estabilidade do sistema financeiro mas teremos inegavelmente um custo muito superior ao deixar que a banca se afunde perante a nossa estranha passividade e recusa de intervenção.
João Pedro Lopes
00.04 h
Económico
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