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Consensos
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Consensos
Parece que não há meio de o Mundo deixar de ser perigoso e imprevisível. A América, depois de um Obama "correcto" e suficientemente engraçado para o nível de exigência das opiniões públicas, anda agora entretida com um palhaço rico (Trump) e um socialista ensebado (Sanders). Com o eixo da crise a deslocar-se para a Europa e para os "tigres" asiáticos, à América apenas interessa cumprir mínimos em relação ao Velho Continente escancarado a todo o tipo de perigos internos e externos. Bancos e fundos de investimento a cair como tordos não são propriamente o melhor cartão-de-visita da Europa nesta altura do campeonato. Mas é o que tal qual os famosos mercados não param de sinalizar.
O que pode, pois, um país pequeno, com uma economia ainda mais pequena que ele, com um sistema financeiro periclitante e dependente dos favores do Banco Central Europeu no meio desta tempestade perfeita? Pode pouco. Todavia pode começar por dar-se ao respeito perante os seus concidadãos para ser respeitado de fora para dentro. O dr. António Costa ficcionou que bastava colocar um rótulo a dizer "Esquerda" na testa dos portugueses para que Portugal deixasse alegadamente de ser um "instrumento", ou um "aluno" na versão laracha da coisa, dos tenebrosos mercados e da não menos tenebrosa "Europa". Foi com esta crença, com esta Catarina, com este Jerónimo, com esta Apolónia e com este singular Silva do PAN, por entre lérias, que o dr. Costa mandou preparar o Orçamento do Estado para 2016. Só não chumbou no "passe-vite" do Tratado Orçamental porque outras prioridades financeiras e geopolíticas dominam e a periferia não conta.
Entretanto o Orçamento foi revisto, corrigido e aumentado mesmo antes de ser formalmente debatido. Em duzentas e tal páginas, emendaram cinquenta. O que inicialmente "descia" passou a "estabilizar" ou a "crescer" implicando tabelas e números novos. A fiscalidade do "Tempo novo", por exemplo, começou já a funcionar mesmo antes da aprovação da receita com o aplauso da vizinhança gasolineira e comercial espanhola. O dr. Costa enviou 16 dos seus ministros às secções para explicar o inexplicável aos crentes socialistas. Jerónimo e Catarina fizeram o mesmo junto dos seus devotos. Este espectáculo deprimente tem a duração prevista de um mês, o que deve ser magnífico para quem nos observa de fora com a mão na carteira. Só um louco é que pode admitir "consensos" com isto.
*JURISTAO autor escreve segundo a antiga ortografia
15.02.2016
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
O que pode, pois, um país pequeno, com uma economia ainda mais pequena que ele, com um sistema financeiro periclitante e dependente dos favores do Banco Central Europeu no meio desta tempestade perfeita? Pode pouco. Todavia pode começar por dar-se ao respeito perante os seus concidadãos para ser respeitado de fora para dentro. O dr. António Costa ficcionou que bastava colocar um rótulo a dizer "Esquerda" na testa dos portugueses para que Portugal deixasse alegadamente de ser um "instrumento", ou um "aluno" na versão laracha da coisa, dos tenebrosos mercados e da não menos tenebrosa "Europa". Foi com esta crença, com esta Catarina, com este Jerónimo, com esta Apolónia e com este singular Silva do PAN, por entre lérias, que o dr. Costa mandou preparar o Orçamento do Estado para 2016. Só não chumbou no "passe-vite" do Tratado Orçamental porque outras prioridades financeiras e geopolíticas dominam e a periferia não conta.
Entretanto o Orçamento foi revisto, corrigido e aumentado mesmo antes de ser formalmente debatido. Em duzentas e tal páginas, emendaram cinquenta. O que inicialmente "descia" passou a "estabilizar" ou a "crescer" implicando tabelas e números novos. A fiscalidade do "Tempo novo", por exemplo, começou já a funcionar mesmo antes da aprovação da receita com o aplauso da vizinhança gasolineira e comercial espanhola. O dr. Costa enviou 16 dos seus ministros às secções para explicar o inexplicável aos crentes socialistas. Jerónimo e Catarina fizeram o mesmo junto dos seus devotos. Este espectáculo deprimente tem a duração prevista de um mês, o que deve ser magnífico para quem nos observa de fora com a mão na carteira. Só um louco é que pode admitir "consensos" com isto.
*JURISTAO autor escreve segundo a antiga ortografia
15.02.2016
JOÃO GONÇALVES
Jornal de Notícias
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