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Os sinais inquietantes do investimento
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Os sinais inquietantes do investimento
Formação bruta de capital fixo. Para os que não têm formação em economia esta expressão é apenas mais uma manifestação de um “economês” cada vez menos acessível ao cidadão comum. Mas é um indicador essencial para medir o estado de saúde do investimento em qualquer país. Os últimos dados e análises divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelos media não são, todavia, nada encorajantes.
Segundo o INE, no quarto trimestre de 2015 a formação bruta de capital fixo (FBCF) diminuiu 0,9% em termos homólogos. A FBCF em “Outras máquinas e equipamentos” foi a componente que mais contribuiu para a redução do valor global no 4º trimestre, registando uma diminuição homóloga de 10,3% em termos reais.
O indicador FBCF serve para medir como as empresas aumentam os seus bens de equipamento, essenciais para produzir outros bens. Trata-se, pois, de um indicador relevante para aferir a capacidade de produção de um país e o ritmo do seu crescimento. Em Portugal, de acordo com dados constantes da Pordata, o investimento vale apenas 14,5% do PIB, o segundo valor mais baixo de que há registo e resultante da maior contração trimestral desde o início de 2013. No ano 2000 chegara a alcançar 28% do PIB e, em 2010, ainda representava 20,5%. Desde então tem ficado sempre abaixo deste valor.
No mais recente Inquérito de Conjuntura ao Investimento conduzido pelo INE, constatava-se que as principais causas de travagem do investimento residiam na “deterioração das perspetivas de venda, seguindo-se a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos”.
Num país fortemente endividado, com uma atividade económica suportada, em 2015, pela procura interna, e com um desemprego elevado, a quebra do investimento pode inviabilizar o aumento da capacidade produtiva e a criação de emprego. Ou seja, pode significar um sério revés para as ambições do atual Governo, que aposta essencialmente nos estímulos ao consumo para alavancar a recuperação económica.
Outro fator relevante para atrair o investimento é também a estabilidade e previsibilidade fiscal. Neste domínio, as notícias continuam a não ser otimistas para Portugal. No mês passado, a Comissão Europeia considerou que o sistema fiscal português “enferma de uma reputação de grande incerteza, o que não só prejudica a atividade dos agentes económicos internos, como torna o país menos atraente aos olhos dos investidores estrangeiros”. Esta instituição considera igualmente que os impostos sobre as empresas continuam a “favorecer níveis elevados de endividamento e o grau de cumprimento das obrigações fiscais é baixo”.
Necessitamos, pois, de dedicar uma maior atenção a estes aspetos se queremos romper o círculo vicioso em que nos encontramos.
00:05 h
Jorge Jordão
Económico
Segundo o INE, no quarto trimestre de 2015 a formação bruta de capital fixo (FBCF) diminuiu 0,9% em termos homólogos. A FBCF em “Outras máquinas e equipamentos” foi a componente que mais contribuiu para a redução do valor global no 4º trimestre, registando uma diminuição homóloga de 10,3% em termos reais.
O indicador FBCF serve para medir como as empresas aumentam os seus bens de equipamento, essenciais para produzir outros bens. Trata-se, pois, de um indicador relevante para aferir a capacidade de produção de um país e o ritmo do seu crescimento. Em Portugal, de acordo com dados constantes da Pordata, o investimento vale apenas 14,5% do PIB, o segundo valor mais baixo de que há registo e resultante da maior contração trimestral desde o início de 2013. No ano 2000 chegara a alcançar 28% do PIB e, em 2010, ainda representava 20,5%. Desde então tem ficado sempre abaixo deste valor.
No mais recente Inquérito de Conjuntura ao Investimento conduzido pelo INE, constatava-se que as principais causas de travagem do investimento residiam na “deterioração das perspetivas de venda, seguindo-se a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos”.
Num país fortemente endividado, com uma atividade económica suportada, em 2015, pela procura interna, e com um desemprego elevado, a quebra do investimento pode inviabilizar o aumento da capacidade produtiva e a criação de emprego. Ou seja, pode significar um sério revés para as ambições do atual Governo, que aposta essencialmente nos estímulos ao consumo para alavancar a recuperação económica.
Outro fator relevante para atrair o investimento é também a estabilidade e previsibilidade fiscal. Neste domínio, as notícias continuam a não ser otimistas para Portugal. No mês passado, a Comissão Europeia considerou que o sistema fiscal português “enferma de uma reputação de grande incerteza, o que não só prejudica a atividade dos agentes económicos internos, como torna o país menos atraente aos olhos dos investidores estrangeiros”. Esta instituição considera igualmente que os impostos sobre as empresas continuam a “favorecer níveis elevados de endividamento e o grau de cumprimento das obrigações fiscais é baixo”.
Necessitamos, pois, de dedicar uma maior atenção a estes aspetos se queremos romper o círculo vicioso em que nos encontramos.
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Jorge Jordão
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