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A economia do conhecimento
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A economia do conhecimento
Vamos lá ao liberalismo de pacotilha: tudo o que é Estado é horrível, tudo o que é privado é o nirvana. Há quanto tempo ouvimos isto? O Estado é desperdício, os privados são benefício.
Os privados são ciência, o público é doença - acabei de inventar esta. Na verdade, juntar banalidades assim é algodão-doce. Atacar o sistema público é mais fácil do que criticar a empresa de um dono só. O Estado, mesmo quando serve bem, quando atinge os objetivos, quando ajuda, facilita, surpreende e até salva, raramente obtém em troca simpatia duradoura. Há mesmo quem confunda Estado e governo - daí a dupla desconfiança. É verdade, já foi pior. Em tempos, nem o Serviço Nacional de Saúde era creditado com a segurança que nos oferece diariamente sem sequer pensarmos nisso - a rede existe, está lá, e isso é política e socialmente extraordinário.
E, no entanto, o Estado, devendo realmente sair de grande parte da economia mercantil - embora reforçando o músculo regulatório -, não pode abandonar todos os sectores às forças do mercado, designadamente abster-se de ser a força motriz de uma certa parte da economia do conhecimento. É sobre este tema que escrevemos nesta edição. Fora de Portugal, há um debate intenso sobre o tema. Há académicos que têm recolhido factos, estabelecido relações de causa-efeito de modo a ajudar a definir políticas públicas capazes de viver nesta atmosfera rarefeita das limitações orçamentais.
Não faz sentido apoiar tudo o que ande por aí de bata branca. Não é razoável ter bolseiros vitalícios. Mas é vital aceitar como premissa-base que sem o empreendedorismo do Estado não teria havido Internet, GPS, nanotecnologia, isto é, iPhone, uma série de medicamentos espantosos e outras maravilhas como o algoritmo do Google. Sem a investigação inicial (a mais arriscada), paga por dinheiro público, não teríamos nada disso. Portanto, é isto: queremos ter uma hipótese neste mundo ultracompetitivo ou acreditamos que nasce quase de geração espontânea numa garagem no meio do nada?
Por André Macedo
28/06/2014 | 15:59 | Dinheiro Vivo
Os privados são ciência, o público é doença - acabei de inventar esta. Na verdade, juntar banalidades assim é algodão-doce. Atacar o sistema público é mais fácil do que criticar a empresa de um dono só. O Estado, mesmo quando serve bem, quando atinge os objetivos, quando ajuda, facilita, surpreende e até salva, raramente obtém em troca simpatia duradoura. Há mesmo quem confunda Estado e governo - daí a dupla desconfiança. É verdade, já foi pior. Em tempos, nem o Serviço Nacional de Saúde era creditado com a segurança que nos oferece diariamente sem sequer pensarmos nisso - a rede existe, está lá, e isso é política e socialmente extraordinário.
E, no entanto, o Estado, devendo realmente sair de grande parte da economia mercantil - embora reforçando o músculo regulatório -, não pode abandonar todos os sectores às forças do mercado, designadamente abster-se de ser a força motriz de uma certa parte da economia do conhecimento. É sobre este tema que escrevemos nesta edição. Fora de Portugal, há um debate intenso sobre o tema. Há académicos que têm recolhido factos, estabelecido relações de causa-efeito de modo a ajudar a definir políticas públicas capazes de viver nesta atmosfera rarefeita das limitações orçamentais.
Não faz sentido apoiar tudo o que ande por aí de bata branca. Não é razoável ter bolseiros vitalícios. Mas é vital aceitar como premissa-base que sem o empreendedorismo do Estado não teria havido Internet, GPS, nanotecnologia, isto é, iPhone, uma série de medicamentos espantosos e outras maravilhas como o algoritmo do Google. Sem a investigação inicial (a mais arriscada), paga por dinheiro público, não teríamos nada disso. Portanto, é isto: queremos ter uma hipótese neste mundo ultracompetitivo ou acreditamos que nasce quase de geração espontânea numa garagem no meio do nada?
Por André Macedo
28/06/2014 | 15:59 | Dinheiro Vivo
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