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À boa governação
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À boa governação
As pessoas querem viver e investir num país activador, inovador e bem reputado mundialmente pela sua governação, daí a crucial importância do Estado e das administrações públicas.
Todos conhecem palavras certas e bonitas, de ocasião ou por convicção, mas na visão política e de políticas públicas, tal como na poesia, não basta serem certas, bonitas ou declamadas, elas têm de ter rima, fazer sentido no espaço e no tempo em que se projectam e serem sentidas por quem as protagoniza e pratica.
Neste artigo (que conclui o anterior sobre o estado da nação, publicado neste jornal dia 8 de Julho), defenderei que só uma visão consensualizada, mas aberta, de um sistema político regenerado mundialmente exemplar, poderá salvar o País do empobrecimento humano, social e económico e do sobreendividamento público e privado projectados para as próximas décadas. À falta de melhor, designa-se por boa governação, na minha opinião, a mais acertada visão praticável para configurar o País na vanguarda das "boas nações", ou seja, espaços físicos e digitais onde cidadãos, famílias, empreendedores e empresários desejam estar, prosperar e socializar valores sustentáveis para o finito grande espaço de vida e coabitação humana que é este planeta.
Esta visão não é económica, pois a economia é instrumental e reactiva de contextos de globalização e da governação pública nacional. Esta é uma visão integrada de riqueza (humana e social), de confiança (nas instituições e dos indivíduos) e de esperança (oportunidade livre de cada um perseguir os seus sonhos no ecossistema português), à qual o dinheiro, lucro e maximização e alocação de recursos e rendimentos se devem subordinar. Como fazer?
O primeiro passo é a vontade declarada de construir, com urgência, um ecossistema público que contribua exemplarmente para fazer deste planeta um lugar melhor, no qual actores nacionais e internacionais desejem estar e prosperar. Um país justo, sustentável, seguro, respeitado e participado. Hoje e nas próximas décadas, é este o horizonte, as pessoas querem viver e investir num país activador, inovador e bem reputado mundialmente pela sua governação, daí a crucial importância do Estado e das administrações públicas, dos governantes aos governados. Para saber o que pensar e fazer, pode começar-se por trabalhar os indicadores internacionais que existem para a boa governação, boas nações, transparência internacional, desenvolvimento humano e inovação global.
O segundo passo é realizar um debate político focalizado no primeiro e protagonizado pelos poderes constituídos (órgãos de soberania), principais partidos políticos e poder constituinte (povo).
O terceiro passo é formar um consenso mínimo dedicado a implementar esta visão constituinte, integrada e vinculativa para futuros governos nacionais, sem prejuízo das inclinações e escolhas ideológicas de como lá chegar, embora subordinadas a esta visão.
Uma nação com boa governação é uma nação bem governada; uma nação bem governada é uma nação que faz bem o que está certo, mais e melhor, com todos e para todos. Não é isto que todos queremos?
Nuno Cunha Rolo
29-07-2014
00.05h
Económico
Todos conhecem palavras certas e bonitas, de ocasião ou por convicção, mas na visão política e de políticas públicas, tal como na poesia, não basta serem certas, bonitas ou declamadas, elas têm de ter rima, fazer sentido no espaço e no tempo em que se projectam e serem sentidas por quem as protagoniza e pratica.
Neste artigo (que conclui o anterior sobre o estado da nação, publicado neste jornal dia 8 de Julho), defenderei que só uma visão consensualizada, mas aberta, de um sistema político regenerado mundialmente exemplar, poderá salvar o País do empobrecimento humano, social e económico e do sobreendividamento público e privado projectados para as próximas décadas. À falta de melhor, designa-se por boa governação, na minha opinião, a mais acertada visão praticável para configurar o País na vanguarda das "boas nações", ou seja, espaços físicos e digitais onde cidadãos, famílias, empreendedores e empresários desejam estar, prosperar e socializar valores sustentáveis para o finito grande espaço de vida e coabitação humana que é este planeta.
Esta visão não é económica, pois a economia é instrumental e reactiva de contextos de globalização e da governação pública nacional. Esta é uma visão integrada de riqueza (humana e social), de confiança (nas instituições e dos indivíduos) e de esperança (oportunidade livre de cada um perseguir os seus sonhos no ecossistema português), à qual o dinheiro, lucro e maximização e alocação de recursos e rendimentos se devem subordinar. Como fazer?
O primeiro passo é a vontade declarada de construir, com urgência, um ecossistema público que contribua exemplarmente para fazer deste planeta um lugar melhor, no qual actores nacionais e internacionais desejem estar e prosperar. Um país justo, sustentável, seguro, respeitado e participado. Hoje e nas próximas décadas, é este o horizonte, as pessoas querem viver e investir num país activador, inovador e bem reputado mundialmente pela sua governação, daí a crucial importância do Estado e das administrações públicas, dos governantes aos governados. Para saber o que pensar e fazer, pode começar-se por trabalhar os indicadores internacionais que existem para a boa governação, boas nações, transparência internacional, desenvolvimento humano e inovação global.
O segundo passo é realizar um debate político focalizado no primeiro e protagonizado pelos poderes constituídos (órgãos de soberania), principais partidos políticos e poder constituinte (povo).
O terceiro passo é formar um consenso mínimo dedicado a implementar esta visão constituinte, integrada e vinculativa para futuros governos nacionais, sem prejuízo das inclinações e escolhas ideológicas de como lá chegar, embora subordinadas a esta visão.
Uma nação com boa governação é uma nação bem governada; uma nação bem governada é uma nação que faz bem o que está certo, mais e melhor, com todos e para todos. Não é isto que todos queremos?
Nuno Cunha Rolo
29-07-2014
00.05h
Económico
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