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Turismo Em Portugal – Necessidade De Redefinir E Reposicionar Conceitos E Projetos (Parte II)
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Turismo Em Portugal – Necessidade De Redefinir E Reposicionar Conceitos E Projetos (Parte II)
Da nossa atividade de consultoria na área de Hospitality, os casos de maior sucesso em Portugal que temos vindo a acompanhar nos últimos anos, referem-se a unidades hoteleiras que resistiram à guerra de preços das diárias ocorridas após a crise do sub-prime americano.
Estes empreendimentos poderão ter ignorado o potencial que a zona oferece para atenuar a extrema sazonalidade que o turismo sun possui, que envolviam investimentos substancialmente mais reduzidos do que construir um campo de golfe, sendo possível mesmo em unidades hoteleiras e empreendimentos de menor dimensão, desenvolver por exemplo:
• MICE – Uma unidade hoteleira na região Oeste, encontra-se a menos de 1 hora do Aeroporto de Lisboa (por ex. pouco mais do que uma unidade hoteleira em Cascais). Se para um “alfacinha” com o aeroporto dentro da cidade, este tempo parece uma eternidade, em termos europeus e mundiais é bastante aceitável se, por exemplo, o destino oferecer elevada qualidade de enquadramento paisagístico e de natureza. Com reduzido investimento, existe um potencial de organização de eventos (corporate e outros) que diversas unidades hoteleiras estão ainda longe de potenciar.
• Surf – O reconhecimento da região como destino Surf tem subido fortemente nos últimos anos. Por que não uma unidade hoteleira estabelecer um acordo com uma escola de Surf local de forma a satisfazer esta experiência por uma procura crescente?
• Futebol/rugby – A possibilidade de atrair uma equipa de futebol ou rugby para realizar um estágio (pré-época ou outro) é extremamente vantajoso, não só pelo elevado número de hóspedes (equipa + staff), como tipicamente esta procura é maioritariamente fora da época alta, em pleno inverno quando alguns dos campeonatos no centro e leste da Europa param.
• Fátima – Os indicadores turísticos de Fátima têm sofrido uma subida sustentada de procura por parte de turistas não nacionais, verificando-se que o local é deficitário de uma oferta de alojamento de qualidade. A associação de alguns destes empreendimentos ao turismo religioso, satisfazendo esta procura crescente só poderá ser benéfica.
• Estabelecer parcerias com estruturas locais já existentes permite aumentar o leque de oferta de atividades/serviços adicionais disponibilizados pela unidade hoteleira. Por exemplo, optar por não construir um centro hípico, mas realizar uma parceria com um já existente próximo, permite oferecer este género de atividade sem custo adicional relevante.
Em conclusão, mais que um problema de volume de investimento, que poderá ser insignificante, é nos seguintes pontos que o operador hoteleiro deverá pensar na redefinição das experiências a fornecer aos seus clientes:
• Adaptar a oferta aos desejos do seu mercado-alvo. Para isto, e conforme já referido, terá que existir um conhecimento mais profundo destes mercados, que vai para além do feedback recebido pelos seus dos hóspedes tradicionais. Os seus clientes habituais não têm necessariamente comportamentos iguais a potenciais novos mercados.
• Fazer uma análise de viabilidade económico-financeira realista dos novos investimentos e equipamentos que pretende instalar no seu empreendimento, de forma a aferir a sua viabilidade financeira e reais mais-valias para o conjunto turístico.
• Potenciar sinergias com experiências que a zona onde se insere a unidade hoteleira já atualmente proporciona aos turistas.
Por todas as razões acima indicadas, estamos numa altura ideal para repensar ou desenvolver novos projetos ou ideias, pelo que nos parece altamente aconselhável para proprietários e investidores socorrerem-se de estudos estratégicos e/ou de viabilidade económico-financeira de projetos a desenvolver. Neste sentido, a Cushman & Wakefield tem dado apoio a diversos proprietários e investidores, desenvolvendo os estudos que lhes irão permitir apoiar as suas decisões em análises de viabilidade consistentes com o mercado atual e com as perspetivas futuras.
Nuno Tadeu
Associate, Consultor sénior em Hospitality Cushman & Wakefield
12 Março, 2015 00:10
OJE.pt
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