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O poder da energia e a geopolítica
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O poder da energia e a geopolítica
A anatomia do poder mostra-nos que existem coisas que não mudam.
“A Arábia Saudita e os Estados Unidos estão a lutar par a par para ver quem é o maior produtor mundial de petróleo.” António Costa e Silva
A emergência de vários tipos de identidades (nacionais e supranacionais, religiosas e culturais, etc.) têm-se acentuado nas últimas duas décadas.
Muitas dessas identidades e da sua estruturação ou desestruturação têm alimentado, em grande parte, vários dos conflitos continentais e mundiais. A anatomia do poder proporciona-nos a possibilidade de termos presente que existem coisas que não mudam. Desde logo, os recursos como a energia (petróleo, gás, etc.) que são cada vez mais poder efectivo. Isso mesmo, poder!, não sendo despiciendo que nos vários continentes do nosso planeta existem vários tipos de guerras (umas mais clássicas do que outras) que subsistem devido à contenda energética.
Num mundo cada vez mais consumista (a vários títulos), quem tem “poder” sobre a produção (e a oferta) de energia assume uma força e influência geoestratégica muito significativa. Este poder da energia na geopolítica já existe há muito tempo. E tem que ver com a solidificação de vários critérios geoestratégicos. Que põem para trás das suas costas muitos outros valores colectivos e individuais.
O reforço da aliança entre um dos principais produtores de crude no mundo (a Arábia Saudita) e o “polícia do mundo” (os EUA) é bem o exemplo desse tipo de acordos e até de protecções. Controlar a oferta, a produção e os preços da energia (em especial do gás e petróleo) é hoje um dos poderes com uma importância política, económica, estratégica e militar mais significativa.
Vários investigadores da economia, da geopolítica, da energia vaticinaram vários caminhos em relação à importância da energia na relação com a geopolítica nos próximos anos, de entre os quais sobressai a dependência política, económica e estratégica de vários países em relação ao petróleo e ao gás. Com resultados positivos nuns casos e negativos noutros.
Num mundo cada vez mais consumista e industrializado, a dependência da energia não vai diminuir. Antes pelo contrário. Daí que a procura de energias alternativas e renováveis seja uma realidade que veio para ficar por muitos anos. O mercado petrolífero é uma área de negócio complexa.
As tensões no Médio Oriente vão acentuar-se. A nova guerra fria entre a Arábia Saudita e o Irão está aí para o provar. A dificuldade da Nigéria em gerir a força dos petropiratas também atesta essa complexidade. A prioridade da união energética na União Europeia é um exemplo da prioridade ao poder da energia. As tensões da OPEP com vários dos seus países-membros são elucidativas. Mesmo Portugal, Espanha e França, ao tentarem ressuscitar entendimentos nestas matérias, convocam-nos para a força do poder da energia. As políticas de eficiência energética são também um exemplo da força da importância geopolítica da energia.
A energia está e vai estar cada vez mais no centro da política, da economia e da geopolítica, condicionando crescentemente muitas das decisões políticas e militares de vários países e organizações internacionais. Existe, no entanto, quem entenda que o petróleo barato é um perigo para a Europa. E que o petróleo e o gás são uma espécie de maldição. Porque existem países que ganham com a queda do preço da energia e outros que perdem. No que diz respeito ao nosso Atlântico (sul e norte) em matéria de influência geopolítica no domínio da energia, a sua importância está a aumentar e vai aumentar ainda mais, com uma rota energética e económica muito relevante para o século XXI. Reforçando assim o poder e a importância da energia na geopolítica. E atestando o quanto os Estados petrolíferos são países especiais no concerto das nações.
Escreve à segunda-feira
FELICIANO BARREIRAS DUARTE
25/05/2015
08:00:00
Jornal i
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