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Lição de democracia
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Lição de democracia
Movimento independente que venceu sem maioria absoluta consegue aprovar orçamento com o voto de 11 dos 13 vereadores.
A 29 de setembro de 2013, fiz um discurso que terá sido ouvido no país. Em noite de eleições, afirmei que a nossa vitória "apenas poderia ter acontecido no Porto". Irritei as estruturas partidárias e suscitei a crítica de alguns comentadores quando disse que "ou os partidos percebem o que se passou no Porto ou, então, não percebem nada".
Durante o primeiro ano de governação, muitas vezes ouvi dizer que no meu executivo havia CDS a mais, partido que apoiou a minha candidatura. Outras vezes, que quem mandava na Câmara era o PS, com quem tinha feito um acordo de governação pós-eleitoral. Esses remoques politiqueiros nunca ocuparam o meu tempo nem me desviaram do rumo de um contrato que tinha firmado com os portuenses.
Dois anos de governação volvidos, já não oiço dizer que há CDS a mais ou que quem manda na Câmara do Porto é o PS. Os que se dedicavam a esses soundbites, ou se calaram ou deixaram de ser ouvidos, esmagados pelo vazio das suas afirmações e pela indiferença do público. Esta sexta-feira, contudo, dois dos três vereadores do PSD – partido que legitimamente tem procurado fazer oposição à minha governação – decidiram, em consciência, votar favoravelmente o orçamento para 2016 que lhes apresentei.
Ou seja, no Porto, um movimento independente que venceu as eleições sem maioria absoluta consegue formar uma coligação e, dois anos depois, pode aprovar um orçamento com o voto de 11 dos 13 vereadores. Mesmo que dois deles sejam do PSD, que é oposição. A votação "fora da caixa" de Amorim Pereira e Ricardo Valente, ainda que contra a orientação da sua concelhia, será o primeiro sinal de que alguma coisa está a mudar nos partidos e uma rejeição dos truques dos diretórios? Será esta votação mais uma lição que o Porto dá ao país?
01.11.2015 00:30
RUI MOREIRA
Presidente da Câmara Municipal do Porto
Correio da Manhã
A 29 de setembro de 2013, fiz um discurso que terá sido ouvido no país. Em noite de eleições, afirmei que a nossa vitória "apenas poderia ter acontecido no Porto". Irritei as estruturas partidárias e suscitei a crítica de alguns comentadores quando disse que "ou os partidos percebem o que se passou no Porto ou, então, não percebem nada".
Durante o primeiro ano de governação, muitas vezes ouvi dizer que no meu executivo havia CDS a mais, partido que apoiou a minha candidatura. Outras vezes, que quem mandava na Câmara era o PS, com quem tinha feito um acordo de governação pós-eleitoral. Esses remoques politiqueiros nunca ocuparam o meu tempo nem me desviaram do rumo de um contrato que tinha firmado com os portuenses.
Dois anos de governação volvidos, já não oiço dizer que há CDS a mais ou que quem manda na Câmara do Porto é o PS. Os que se dedicavam a esses soundbites, ou se calaram ou deixaram de ser ouvidos, esmagados pelo vazio das suas afirmações e pela indiferença do público. Esta sexta-feira, contudo, dois dos três vereadores do PSD – partido que legitimamente tem procurado fazer oposição à minha governação – decidiram, em consciência, votar favoravelmente o orçamento para 2016 que lhes apresentei.
Ou seja, no Porto, um movimento independente que venceu as eleições sem maioria absoluta consegue formar uma coligação e, dois anos depois, pode aprovar um orçamento com o voto de 11 dos 13 vereadores. Mesmo que dois deles sejam do PSD, que é oposição. A votação "fora da caixa" de Amorim Pereira e Ricardo Valente, ainda que contra a orientação da sua concelhia, será o primeiro sinal de que alguma coisa está a mudar nos partidos e uma rejeição dos truques dos diretórios? Será esta votação mais uma lição que o Porto dá ao país?
01.11.2015 00:30
RUI MOREIRA
Presidente da Câmara Municipal do Porto
Correio da Manhã
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