Patrões do Norte tentam pôr António Costa “nos eixos” da região

António Costa recebeu nesta quarta-feira, 4 de Maio, em S. Bento, três dirigentes da Associação Empresarial de Portugal (AEP), numa audiência que serviu para informar o primeiro-ministro da actividade desta instituição associativa sediada no Porto e "e referenciar um conjunto de situações que afectam o bom funcionamento da economia real e são potencialmente lesivas da competitividade empresarial, do emprego, da coesão territorial e do desenvolvimento das regiões portuguesas de convergência, nomeadamente o Norte e o Centro, onde se concentra a maior parte das nossas empresas exportadoras", realça a AEP, em comunicado.

Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP, o vice-presidente, Luís Miguel Ribeiro, e o  administrador executivo, Angelino Ferreira, expressaram junto de António Costa a sua "preocupação pelo arrastar do processo de encerramento do QREN" e procuraram sensibilizar o primeiro-ministro para "a necessidade de o Governo acelerar a execução do Portugal 2020, em especial no que se refere às empresas.

A capitalização das empresas, o financiamento da economia, a redução dos custos de contexto e a actualização e melhoria do Programa Simplex foram outros dos assuntos abordados.

Os dirigentes da AEP reiteraram também ao chefe do Governo a sua visão territorial do país, chamando a atenção para "a necessidade de acautelar o interesse nacional e a equidade entre todas as regiões".

Neste contexto, voltaram a defender celeridade nos investimentos previstos para o porto de Leixões, a criação de um "verdadeiro" eixo ferroviário Aveiro-Viseu-Vilar Formoso e a "valorização" do aeroporto Francisco Sá Carneiro pela TAP, "com a consequente revisão de opções operacionais lesivas dos interesses das pessoas e das empresas das regiões Norte e Centro", alertaram os dirigentes da AEP.

Relativamente à actividade da associação, informaram o primeiro-ministro dos resultados alcançados com o processo de reestruturação da AEP, o qual, garantem, "tem tido implicações positivas na redução do passivo e no relançamento da vida associativa".

RUI NEVES | ruineves@negocios.pt | 04 Maio 2016, 19:24
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