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O comércio livre e o amor dispendioso Empty O comércio livre e o amor dispendioso

Mensagem por Admin Ter Fev 25, 2014 3:25 pm

ROBERT SKIDELSKY
O comércio livre e o amor dispendioso Img_126x126$_186400
A conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Bali, que se realizou em Dezembro, produziu um razoável pacote de incentivos ao comércio global.
 
Em termos mais gerais, a abordagem multilateral da OMC mostrou que valeu a pena impedir um aumento massivo nas barreiras comerciais, ao contrário do que ocorreu em 1929 e 1930, quando o proteccionismo ajudou a aprofundar e a alargar a Grande Depressão. Contudo, a principal questão – se a globalização é uma boa coisa e para quem – continua sem resposta.
 
A essência da globalização – comércio livre – baseia-se na teoria da vantagem comparativa, que vê o comércio internacional como lucrativo, mesmo quando um país pode produzir todos os bens a um preço mais baixo (seja o trabalho, seja de todos os recursos) do que qualquer outro país.
 
O exemplo clássico dado pelo laureado com o Nobel Paul Samuelson é o do melhor pintor de uma cidade, que é também o seu melhor dactilógrafo. Tendo em conta que é melhor advogado do que é melhor dactilógrafo, deverá especializar-se no direito e delegar a tarefa de dactilografar à sua secretária. Dessa forma, os ganhos seriam mais elevados para os dois.  
 
Aplica-se a mesma lógica aos países. Cada país deve especializar-se na produção daquilo que produz de forma mais eficiente, em vez de produzir um bocado de tudo, já que com o primeiro método obterá um rendimento mais elevado.
 
Os economistas consideram que a compreensão da teoria da vantagem comparativa é um teste que mostra a competência profissional. Mas será que os incompetentes – ou seja, a pessoa média que acredita que comprar importações baratas da China destrói os empregos no Ocidente – estão sempre errados?
 
Samuelson, que classificou a teoria da vantagem comparativa como a coisa mais bonita da Economia, alterou o tom da argumentação no final da sua vida. O comércio livre, disse, funciona bem desde que não haja alterações tecnológicas. Mas se os países como a China podem combinar a tecnologia ocidental com baixos salários, então o comércio com a China vai baixar os salários no Ocidente. É verdade, a população do Ocidente poderá obter bens a um preço mais baixo; mas, tal como Samuelson afirmou, "não é por se comprarem mercearias a um preço 20% mais baixo na Wal-Mart que se vai conseguir compensar as perdas salariais".
 
Samuelson também poderia ter dito que comprar os bens a um preço mais baixo iria compensar as outras coisas da vida que são sacrificadas em favor da eficiência. O argumento do comércio livre é um argumento em defesa do bem-estar, mas do bem-estar definido exclusivamente apenas em termos monetários. Tempo é dinheiro: quanto mais se consegue numa hora de trabalho, melhor. Mas, e em relação às restantes coisas que se gosta de fazer, ou que se pensa que são valiosas, mas que não maximizam os salários?
 
Os economistas respondem ao dizer que, quanto mais eficiente no trabalho, mais tempo sobra para fazer as outras coisas. A questão é que, quanto mais se começa a pensar no nosso bem-estar em termos de dinheiro, mais provável é olhar para momentos de amor ou com os amigos como um "custo de oportunidade" – o dinheiro que se deixa de ganhar porque não se está a trabalhar – e não como um benefício.
 
O objectivo de espremer ao máximo a hora de trabalho para fazer o máximo dinheiro possível faz sentido nos países pobres, onde o uso ineficiente do tempo pode levar à fome. A questão central do desenvolvimento económico é, obviamente, reduzir o custo da ineficiência. Ainda assim, sem perceberem que a lógica não se aplica tão bem aos países ricos, os economistas continuam a tentar estendê-la para cada vez mais áreas da vida.
 
Uma fértil nova área de investigação é a externalização ("outsourcing") da vida privada. Pagar a alguém para dobrar as meias é uma forma de maximizar os próprios ganhos e daquele que dobra as meias. Mesmo quando ainda eram estudantes licenciados sem recursos, os economistas Jon Steinsson e Emi Nakamura pediram dinheiro emprestado para pagar a pessoas que lhes fizessem os trabalhos domésticos, partindo do pressuposto de que “passar uma hora extra a trabalhar num relatório era melhor para os ganhos esperados durante a vida do que passá-la a aspirar”.
 
Da mesma forma, os economistas Betsey Stevenson e Justin Wolfers, pioneiros do “lovenomics” (economia do amor), citam o código tributário como razão para não casar. Ambos também fizeram uma análise de custo-benefício antes de terem um filho. Wolfers explica:
 
“O princípio da vantagem comparativa diz-nos que os ganhos obtidos através do intercâmbio são maiores quando o parceiro da transacção tem competências e dotes bastante diferentes dos nossos. Eu sou um economista estudioso treinado por Harvard para o trabalho empírico e pouco dado à prática, enquanto a Betsey é uma economista estudiosa treinada por Harvard para o trabalho empírico e pouco dada à prática. Tendo em conta que temos competências tão semelhantes, os ganhos obtidos por fazermos transacções não são tão significativos. Excepto no que diz respeito a termos um filho. Aí, Betsey tem dotes que mostram que ela é melhor nas causas. Eu fico com as consequências”.   
 
Posteriormente, Stevenson foi prestável ao esclarecer que a frase significa que “os pais são bastante bons a lidar com as fraldas”.
 
Chegados a este momento, aqueles que não têm formação em economia estão, provavelmente, a ranger os dentes. Podem pensar: “eu gosto de fazer muitas coisas que não maximizam a minha capacidade de obter dinheiro”. Mas, a partir do momento em que se aceita a premissa de que ser racional é procurar maximizar a nossa utilidade – definida em termos de consumo, sendo que o dinheiro é a forma de o maximizar –, a lógica dos economistas vence.
 
Neste ponto, temos de admitir que é irracional gastar tempo em grandes conversas com os amigos se estas roubarem tempo para inventar, por exemplo, um novo software (a não ser que as conversas ajudem à invenção). Para Wolfers, o facto de o que lhe dá mais dinheiro (a economia) ser também o que mais prazer lhe dá é uma coincidência.
 
Tal raciocínio cristaliza visões opostas do mundo, uma em que o tempo é um custo e outra em que o tempo é uma vantagem. A primeira vê o tempo gasto na diversão como uma oportunidade perdida enquanto a segunda como parte da vida. Temos de ser bastante claros no que está em causa na escolha entre as duas.
 
Robert Skidelsky, um membro da Câmara dos Lordes do Reino Unido, é professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
 
Copyright: Project Syndicate, 2014.
www.project-syndicate.org

Tradução: Diogo Cavaleiro

25 Fevereiro 2014, 15:01 por Robert Skidelsky


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